Polícia

PM reage a assalto, atira e atinge suspeito de 16 anos

O adolescente foi reconhecido pela vítima de outro assalto. O comparsa conseguiu fugir

Uma dupla suspeita de assalto teve sua ação frustrada na noite desse sábado, 7, no bairro São Bento, ocasião em que tentaram roubar um policial militar de 36 anos que conversava com a esposa e amigos em frente sua residência. Na ocasião, o militar teria reagido ao assalto e atirado contra os indivíduos. Os tiros acertaram um deles, identificado como Wendryo Eduardo Silva Figueira, de 16 anos.

A PM foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para atender a ocorrência, sabendo que um policial do Bope (Batalhão de Operações Especiais) havia sofrido o assalto malsucedido. Assim que chegou ao endereço, a guarnição se deparou com muitas pessoas na rua e o corpo do menor no chão. O adolescente estava vestindo uma camisa listrada, bermuda jeans azul e estava com um capacete preto na cabeça.

Conforme a vítima, enquanto estava sentada em frente ao portão de sua casa, acompanhado da esposa, amigos e filhos, a dupla chegou em uma moto vermelha, não sendo possível identificar modelo e placa, e anunciou o assalto, ocasião em que o garupa pulou do veículo dizendo: “perdeu, perdeu, perdeu, não se mexe, não se mexe”. Mas o militar sacou sua arma e efetuou disparos para proteger a si mesmo, a família e amigos.

Wendryo deu alguns passos, caiu e morreu ainda em via pública. O comparsa conseguiu fugir, tomando destino incerto. Com ele foi encontrada uma pistola calibre 9mm [milímetros] com uma munição intacta, de mesmo calibre. À frente do corpo também foi achado um simulacro de arma de fogo, tipo pistola, de cor preto. A quantia de R$ 45 estava no bolso da bermuda do adolescente. Minutos após o ocorrido, outra vítima da dupla compareceu ao local do crime para informar que seu celular Samsung/J4, cor azul, havia sido roubado há pouquíssimo tempo, reconhecendo Wendryo como um dos autores do assalto. O telefone roubado estava no bolso da bermuda do menor. 

Uma viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser chamada para atender ao alvejado, mas, quando chegou, apenas constatou o óbito, uma vez que o infrator já não tinha sinais vitais. O médico do Samu disse que um único tiro no tórax matou o adolescente. O projétil entrou, mas não saiu do corpo, uma vez que tem apenas orifício de entrada. A morte foi confirmada às 20h.

Peritos realizaram os procedimentos técnicos e em seguida o corpo foi removido à sede do Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de necropsia na manhã de ontem, 8, antes de ser liberado aos familiares para funeral e sepultamento. O comparsa não tinha sido preso até o fim da manhã desse domingo. O caso foi levado ao conhecimento da autoridade policial de plantão da Central de Flagrantes do 5o DP para ouvir as vítimas e testemunhas.

O infrator foi identificado com o auxílio da equipe da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) a partir do banco de dados, reconheceu a tatuagem conhecida como “Juninha”, por se tratar da figura de uma mulher, na perna esquerda do sujeito. (J.B)