Primeiro robô humanoide do Brasil abre evento Justiça 4.0 

RODRIGO SANTANA

Equipe de cidades

Os novos sistemas de Inteligência Artificial que garantem serviços mais eficientes prestados ao público atendido pelo judiciário foram apresentados pelo Tribunal de Justiça de Roraima, na noite desta terça-feira, 17, durante o evento “Justiça 4.0 – Inteligência Artificial e Soluções Tecnológicas de Roraima”, no Teatro Municipal de Boa Vista.

Entre as tecnologias inéditas apresentadas estão o sistema com Inteligência Artificial Mandamus, voltado para a otimização da entrega de mandados que acaba com o uso do papel, reduz gastos com combustíveis, oferece segurança aos oficiais de justiça e celeridade aos processos. 

Também foi apresentado o Scriba, voltado para degravagem de audiências judiciais, que busca dar mais celeridade à emissão de sentenças. 

O Sije, aplicativo que vai garantir que o próprio cidadão possa ajuizar ações de até 20 salários mínimos na Justiça sem ter que ir até um fórum, e ainda acompanhar todo o andamento do processo, também foi uma das novidades apresentadas na exposição. O Chatbot é uma espécie de robô assistente, que se comunica e interage com os usuários do portal do TJRR para agilizar a navegação e garantir os resultados buscados.

Essas tecnologias utilizadas para agilizar e aperfeiçoar o trâmite processual do judiciário e outras novidades foram expostos no hall de entrada do teatro. O primeiro robô humanoide do Brasil, chamado de Ju, criado a partir do uso de Inteligência Artificial, também ficou em exposição.

O coordenador Esdras Silva Pinto disse que o evento celebra tudo o que já foi realizado pela Justiça de Roraima em termos de soluções de tecnologia, especialmente o emprego de Inteligência Artificial que tem contribuído com a melhoria da produtividade do judiciário nos últimos anos.

“Agora estamos utilizando de uma forma mais racional o dinheiro público. Podemos citar a redução com os custos com o uso de papel. Além disso, a nova tecnologia tem permitido o foco nos trabalhos mais complexos do judiciário, assim como a promoção da inclusão dos surdos”, comentou.

Para discutir o uso da Inteligência Artificial e os diversos avanços tecnológicos com foco no poder judiciário, o TJRR garantiu a participação de diversos palestrantes de renome nacional neste evento. Dentre eles, o consultor da Transformação Digital do Setor público, Ademir Piccoli, que destacou os novos investimentos feitos pelo judiciário brasileiro. 

“Eu venho acompanhado esse movimento pela inovação tecnológica no ecossistema de justiça há muitos anos e percebi grandes avanços. O poder judiciário vem investindo nessas tecnologias como forma de fazer frente a esse cenário, que preocupa há muito tempo, devido aos mais de cem milhões de processos tramitando na justiça. Com o uso da inteligência artificial poderemos dar mais vazão a esses processos”, garantiu.

Outro palestrante que também fez diferença no evento foi Fabiano Hartmann, coordenador dos Projetos Victor e Mandamus. Em sua palestra, ele deu destaque aos fluxos na gestão processual.

“Temos a felicidade de estar com o Projeto Victor que comemora um ano e meio de criação. A partir dele, pudemos criar o Mandamus que também utiliza inteligência artificial para otimizar os processos e fluxos administrativos na gestão processual. Assim como as tecnologias apontam para um ritmo acelerado de inovação, percebemos esse ano um aumento de eficiência no processamento de fluxo e da precisão”, explicou.