A Semana Santa se aproxima e, para garantir peixes de qualidade e com preços baixos na mesa do consumidor, as feiras-livres e comércios especializados na venda de pescado já se movimentam para abastecer o mercado local. Com a população consumindo, em média, 40 toneladas de peixe por semana, os vendedores esperam aumentar em 30% as vendas no período.
Ainda assim, para alguns, o período que antecede à data não atraiu muito os consumidores, pois as pessoas deixaram de manter a tradição na Quaresma. “Até o momento, as vendas continuam fracas, mas esperamos que até a próxima semana, melhorem”, disse a empresária Kelliane Bezerra. Segundo ela, que possui um comércio especializado na venda de tambaquis, as vendas caíram porque a população perdeu o hábito de não consumir carne vermelha na quarentena, época que antecede a Semana Santa. “De uns anos para cá, as pessoas acabaram perdendo o costume de respeitar a quarentena e passar esse período comendo peixe. Agora só na Semana Santa mesmo”, observou.
A Folha visitou alguns dos principais pontos de vendas de peixes da capital e constatou que o alimento sofre variações de preços em vários locais. No comércio de Kelliane, por exemplo, o tambaqui que pesa até três quilos é vendido por R$ 8,40. Até cinco quilos tem o custo de R$ 9,80. Além do tambaqui, o matrinxã – peixe com escama – é vendido por R$ 12,00 o quilo.
Em um dos principais comércios de peixes da Capital, localizado na área Caetano Filho, o Beiral, no Centro, o mesmo tambaqui é oferecido a R$ 10,00, enquanto o dourado – peixe de pele – custa R$17,00 e o matrinxã R$ 12,00 o quilo.
Pescado está mais caro nas feiras
Enquanto no comércio popular o preço do peixe se mantém estabilizado, com pequenas variações de um mercado para outro, nas feiras-livres o produto chega mais caro para o consumidor. Na Feira do Garimpeiro, localizada na avenida Ataíde Teive, zona Oeste da cidade, o tambaqui até três quilos é vendido por R$ 11,00. Passando disso, pode chegar a custar até R$ 13,00. Ainda no local, o quilo do dourado, filhote e do matrinxã é vendido por R$ 17,00, R$ 16,00 e R$ 13,00, respectivamente.
Apesar disso, conforme a vendedora Edna Correia, os fornecedores afirmam que o pescado vendido nas feiras-livres vai sofrer uma redução nos preços a partir da próxima semana. “Vamos fazer promoções para atrair os clientes e dar uma movimentada no comércio. Todo dia está chegando peixe”, afirmou.
CONSUMIDORA – Mesmo não tendo o costume de comer peixe durante a Semana Santa, a professora Luciana Borges disse que está satisfeita com a qualidade do alimento vendido em Roraima. “Tenho o costume de comer peixe mais por causa das vendas, mas quem compra vê que os preços estão bons e a qualidade também”, avaliou.
