Durante sua fala em plenário na terça-feira, 15, o deputado Nilton do Sindpol (Patri) informou que a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras) teria entrado na Justiça pedindo que o parlamentar não fosse mais membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde.
Segundo o deputado, o pedido teria sido indeferido pela Justiça Estadual, porém ressaltou que medida tomada pela Cooperativa deveria ser considerada como uma afronta ao Poder Legislativo.
“Não podemos admitir que um Estado pobre como Roraima banque uma cooperativa dessa, que leva os recursos públicos. Não podemos admitir que a saúde pública continue jogada às moscas”, afirmou Nilton. “Estamos na CPI de forma clara e transparente, buscando o melhor para o Estado. É inadmissível que sejamos atacados dessa forma”, completou.
O parlamentar recebeu apoio de membros da CPI da Saúde, como o deputado Renato Silva (Republicanos), dizendo que também recebeu mensagens em tom de ameaça pelo celular. “Esses ataques que estão acontecendo aos parlamentares, até a minha pessoa, isso não constrange os nossos trabalhos. Ao contrário, o meu combustível é quando eu sou desafiado”, afirmou.
O vice-líder da ALE-RR, Jânio Xingu (PSB), defendeu ainda que a Assembleia Legislativa encaminhasse um repúdio ao Governo do Estado. “Aquela cooperativa faz parte do Estado e o Estado não pode arguir para retirar um deputado eleito pelo povo de uma CPI. Isso é um desrespeito ao parlamento. Eu me sinto profundamente humilhado por uma situação dessas. Peço que o presidente tome uma posição”, acrescentou.
OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde por telefone e até por e-mail, porém não recebeu retorno até o fechamento da matéria. (P.C.)