AYAN ARIEL
Editoria de Cidades
Pacientes e acompanhantes de pacientes do HMI (Hospital Materno Infantil) denunciaram a paralisação do teste da orelhinha na unidade. O problema ocorre por conta do aparelho usado no procedimento, que se encontra quebrado há mais de dois meses.
A acompanhante de uma paciente, que preferiu não se identificar, informou que o afilhado nasceu no dia 23 de setembro, porém quase um mês se passou e o procedimento ainda não foi feito na criança.
“Retornei na maternidade semana passada e eles me informaram que a máquina continua sem previsão de voltar a funcionar. Uma mulher da direção me falou que estavam buscando uma solução para o problema junto à Sesau (Secretaria de Saúde), só que eles nunca entraram em contato com a minha comadre”, lamentou a denunciante.
Outra denunciante, Ana Jéssica Peixoto, de 19 anos, que deu à luz a Henry Miguel na primeira semana de setembro, disse que ficou internada por três dias, e durante esse período não conseguiu que o exame fosse feito na unidade.
“Foi difícil porque eu queria fazer o teste, mas eles disseram que não iam fazer, pois tinham parado por tempo indeterminado. Eu fui umas quatro vezes lá, mas ainda estava quebrada e eu desisti. Agora vou tentar fazer de forma particular”, relatou a jovem.
O exame, segundo informado pela equipe à Jéssica, é feito somente na Maternidade. Atualmente desempregada, ela pontua não ter condições de ir a todo o momento no centro hospitalar para cobrar o exame e faz uma crítica: “É uma vergonha, porque já era para isso estar consertado, principalmente pelo tanto de crianças que está nascendo. Vou ficar sem exame por causa disso?” questiona a jovem.
OUTROS PROBLEMAS – Jéssica comentou que enfrentou superlotação e ficou por duas horas em pé, sendo amparada pelas enfermeiras em uma sala. “Depois da minha cesárea, tive que esperar quase que morrendo de dor, com risco dos meus pontos estourarem, porque não tinha maca e nem lugar para eu ficar”.
Ela também contou que a sogra viu o local onde os recém-nascidos são banhados, que estava em péssimas condições. “Tava muito imundo, tinha lodo para tudo quanto é lado. A gente preferiu esperar o dia seguinte, quando fomos liberados, para dar banho nele em casa. Está uma situação bem precária”, finalizou a mãe.
O QUE DIZ A SESAU? – Por meio de nota enviada a nossa equipe, a Sesau esclareceu que já abriu um chamado de serviço para que a empresa de manutenção realize o conserto do equipamento que faz o teste do pezinho no HMINSN (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth).
Ainda na nota, a secretaria explicou que, segundo a direção geral do HMINSN, a máquina acabou apresentando problemas em razão da instabilidade elétrica que vem ocorrendo no Estado. A previsão é que o trabalho seja iniciado no prazo de 30 dias.