Três homens foram presos pelos agentes da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual), em cumprimento a mandado judicial, nessa terça-feira, 22. As prisões são resultados de ações distintas que cumpriram cinco mandados de prisão.
Os presos foram: Gleison Zaquiel Muniz, de 32 anos; Leandro da Silva Ferrari, de 33 anos e Reginaldo de Almeida Sousa, de 44 anos, apelidado de “Boia Fria”. Somente contra Leandro Ferrari havia três mandados de prisão a serem cumpridos.
O primeiro a ser preso, no Bairro São Vicente, foi o churrasqueiro Gleison Zaquiel Muniz. Ele teve a prisão a preventiva decretada pelo juízo do 2° Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher por haver descumprido as regras estabelecidas durante a Audiência de Custódia, tendo mudado de endereço sem comunicar à Justiça, frustrando o processo penal.
A prisão dele contou com o apoio de policiais civis que compõem a FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado).
Na sequência foram cumpridos três mandados judiciais, todos com sentenças condenatórias transitadas em julgado, em desfavor do servidor público Leandro da Silva Ferrari. Ele foi preso no bairro São Francisco.
Junto à Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Capital, Leandro Ferrari foi sentenciado a cinco anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas, em razão da prisão em flagrante realizada por agentes da Polícia Civil em outubro de 2016, quando ele mantinha em sua casa, no bairro Tancredo Neves, a quantidade de 37,18g de cocaína.
Os outros dois mandados judiciais foram expedidos pelo 1° Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Em um destes procedimentos, Leandro foi condenado à pena de 2 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de ameaça, dano, constrangimento ilegal e violação de domicílio contra a própria mãe, além da ex companheira e demais membros da família dela, em março de 2016. O terceiro e último mandado condenou Leandro por ameaçar a mãe de morte, em setembro de 2015.
Por fim, durante a tarde de ontem, foi preso o andarilho Reginaldo de Almeida Sousa. Ele estava sendo procurado há meses, com reiterados pedidos judiciais, reforçando a sua captura. Ele foi encontrado por acaso no Bairro Monte das Oliveiras, quando a equipe estava retornando da PAMC (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), onde foram recolhidos os dois primeiros presos.
Após concentrar inicialmente as investigações no Bairro Aracelis, os investigadores tiveram vagas informações de que Boia Fria poderia estar perambulando pelo Bairro Monte das Oliveiras, que fica no caminho do presídio.
Desde então, todas as vezes que os agentes da Polinter passavam pelo local era realizada uma busca. Assim, na tarde de ontem, ao avistarem um andarilho com as mesmas fisionomias do procurado (barbudo, cabelo grande, sujo, mal vestido etc.), inicialmente os Policiais não o reconheceram, mas durante a abordagem ele foi identificado e não ofereceu resistência à prisão.
Boia Fria é acusado de ter incendiado a própria casa e matado a mãe dele com vários golpes de terçado na cabeça, deixando a mulher com a massa encefálica exposta. O crime ocorreu no Bairro Aracelis no dia 06 de março de 2016.
Na ocasião, ele foi preso em flagrante, com a conversão em prisão preventiva decretada em audiência de custódia, cuja sessão o juízo determinou a instauração de incidente de insanidade mental do acusado, que posteriormente foi diagnosticado como portador de transtorno de esquizofrenia paranoide.
Boa Fria chegou a passar 375 dias preso, mas teve o relaxamento da prisão no ano de 2017. Na ocasião, o Ministério Público (MP) entrou com recurso e a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado.
“Uma vez acolhido o recurso do MP, os agentes iniciaram o processo de recaptura de Boa Fria. Vale enfatizar que em rápida conversa com Boia Fria, notou-se a desconexão em sua fala com a realidade em si”, frisou o diretor do DOPES (Departamento de Operações Especiais) Alexander Lopes.
Todos os presos colaboraram com as execuções das medidas e, após ciência formal dos mandados, submissão a exames de integridade física no Instituto Médico Legal (IML) eles foram recolhidos ao Sistema Prisional Estadual.
A Polícia Civil reforça que qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro de foragidos da Justiça poderá noticiar através dos telefones 181, 190, 197 e celular (95) 99125-2979, diretamente com a Polinter, sendo assegurado o anonimato da fonte.