Todos sabem que a prática de atividade física, seja na infância ou na velhice, faz bem para saúde, para corpo e para alma. Quem tem o hábito de se exercitar, sente no dia-a-dia os benefícios e a falta que faz quando, por algum motivo, não consegue ter um tempo para os exercícios.
Entre os brasileiros, a prática mais comum é a velha e boa caminhada, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde. A pesquisa aponta que 36,2% da população com mais de 18 anos caminha pelo menos 150 minutos por semana em seu tempo livre.
A caminhada é um tipo de atividade física livre e sem custos. Não exige habilidade, apenas disposição, além de que pode ser feita praticamente a qualquer hora do dia e não tem restrição de idade. Além de bem-estar, essa prática ajuda na prevenção de osteoporose, doenças cardíacas, distúrbio do sono, melhora a disposição e a capacidade cardiorrespiratória. E o melhor de tudo: ajuda a manter o peso na linha!
Mas, para inserir a caminhada na rotina, além de um bom tênis, é preciso adotar alguns hábitos, além de orientação de um profissional de saúde. “Além de um bom tênis, também deve-se usar roupas arejadas, levar uma garrafa de água para se hidratar e filtro solar, se for se exercitar ao ar livre”, explicou o profissional de educação física Rodrigo Honorato.
Outra dica importante é que sempre ao terminar a prática de exercícios físicos, não se deve parar de uma vez. Isso porque alguns marcadores corporais – como a pressão, temperatura e a respiração; precisam voltar ao normal de forma gradual.
O educador físico ainda alerta que ao caminhar nos parques e calçadões, é preciso observar alguns itens de segurança, se exercitar em locais com circulação de pessoas, iluminados e sem buracos.
O perigo da inatividade física
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 1,4 bilhão de adultos em todo o mundo não praticam atividades físicas suficientes e no Brasil, a inatividade física já afeta 47% da população. “Isso é um fenômeno somente da sociedade brasileira? Não! Se vocês olharem os números de outros países vocês vão ver que isso é um fenômeno global”, comenta o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Além da baixa atividade física, os brasileiros também devem tomar cuidado com o peso. Segundo os dados Vigitel, mais de 55% do país tem excesso de peso, o que significa mais da metade da população. “Nós temos hoje, um país que caminha para um quadro de aumento de peso, então a gente começa a perceber aumento no diabetes, aumento na hipertensão, acidentes cardiovasculares. O ser humano faz menos atividades físicas, opta por um transporte basicamente individual, trabalha basicamente em escritórios e quando chega em casa fica basicamente no computador. E esse ciclo vai se tornando um ciclo vicioso”, fala o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Embora diminuições da atividade física ocupacional e doméstica sejam inevitáveis, conforme os países prosperam e o uso da tecnologia aumenta, o Governo Federal vem pensando em alternativas para estimular a pratica de esportes, principalmente ao ar livre. “Nós pretendemos, neste ano, intensificar o papel do educador físico junto às ações da Atenção Primária, estimulando a população sem a necessidade de equipamentos próprios, como tem nas academias, mas fazendo atividades com estrutura local disponível, incentivando a caminhada e atividade de acordo com o grupo etário”, destacou o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber.
Luíza Tiné, para Blog da Saúde