No fim da manhã dessa segunda-feira, 28, policiais militares que atuam no Choque do Batalhão de Operações Especiais (Bope) conseguiram resgatar um adolescente de 15 anos que estava sendo julgado pelo tribunal do crime numa residência que fica na rua Grão Mestre Claudio Barbosa de Araújo, no Conjunto Cruviana, bairro Laura Moreira.
A guarnição chegou ao local para averiguar a denúncia e solicitou apoio de viaturas do Choque e da Força Tática do Bope. Assim que entraram no imóvel, os policiais constataram que quatro indivíduos estavam mantendo o menor em cativeiro, dentro de um quarto da residência.
Em contato com os familiares, as equipes descobriram que a vítima estava desaparecida desde as 16h do domingo. O adolescente contou para os policiais que foi abordado e capturado em via pública, por três elementos que estavam usando um veículo Fiat/Pálio, de cor amarela, mas não recorda as informações da placa.
Durante o tempo em que ficou sob custódia dos criminosos, o menor teve que se defender das acusações de que fazia parte da facção rival e que essa defesa fazia parte do tribunal e já estava condenado. A vítima ainda relatou ter ouvido quando o telefone de um dos elementos tocou com a ordem de execução e que o bando já estava organizando todo o procedimento que antecedia sua morte.
Ainda dentro da casa, os autores do crime confessaram ser membros de uma facção criminosa para a qual estavam a serviço. Eles foram revistados e um revólver calibre 38 com seis munições intactas, quatro facas de açougueiro, dois celulares e carteiras porta-cédulas foram apreendidos em posse do bando.
Um fato que chamou atenção dos policiais foi que o denunciante ainda revelou que uma garota também estava sendo mantida em cativeiro até a noite do domingo e não sabe de seu paradeiro. Os quatro presos, com idades entre 18 e 30 anos, receberam voz de prisão e foram conduzidos à Central de Flagrantes do 5° DP, a fim de que a autoridade policial tomasse conhecimento dos fatos e procedesse conforme a legislação.
Depois de ouvir as partes envolvidas, a delegada de plantão lavrou o Auto de Prisão em Flagrante (APF) por organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo, de modo que os sujeitos ficaram detidos numa das celas da Unidade Policial e devem ser encaminhados para audiência de custódia nas primeiras horas da manhã dessa terça-feira, 29. A vítima foi liberada depois de prestar seu depoimento. O caso será investigado, especialmente para saber quem é a jovem que estava em posse da facção e o que foi feito com ela. (J.B)
