A iniciação científica também é coisa de criança e uma das iniciativas promovidas pela Capital da Primeira Infância é a primeira edição da Feira de Iniciação Científica de Boa Vista (FEIC-BV) e quinta edição da Mostra de Ciências, que começou na manhã desta quinta-feira, 30, no Foyer do Teatro Municipal. Mais de 600 crianças participam do evento, que segue até esta quinta-feira, 31.
A abertura contou com a presença de técnicos, professores e gestores das escolas que estão apresentando os projetos, alunos, pais, familiares e visitantes. O vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Arthur Henrique Machado, destacou que este é um momento importante para que os alunos coloquem em prática o que aprendem em sala de aula.
“É um trabalho muito importante que vem sendo realizado desde 2015 e que agora estamos coroando com esse grande evento, agradeço aos professores, gestores e alunos que se dedicam muito nos trabalhos científicos, pois sabem a importância desse desenvolvimento de forma disciplinar, instigando-os a essa iniciação científica dentro da sala de aula. Isso, de fato, ajuda muito na formação de bons cidadãos, todos estão de parabéns, com certeza os nossos alunos vão se destacar na Feira Estadual e estaremos muito bem representados”, disse Arthur Henrique.
O Foyer do teatro se tornou um verdadeiro palco de amostras e experimentos que vão desde a exposição do peixinho Cará, pescado no Lago Aningá, na comunidade do Truaru da Cabeceira, da Escola indígena Vicente André da Silva, até a magia das cores pela Escola Maria de Fátima e o consumo consciente de energia pela Branca de Neve, que fez as meninas economizarem a energia da televisão para passearem no shopping.
“O consumo de energia é um bem caro e que precisa ser economizado, pois reflete no meio ambiente e na parte financeira. A ideia é repassar essa conscientização tanto para os alunos como para a família, que, ao sair do ambiente, devem desligar as lâmpadas e ventiladores. O resultado foi positivo, pois algumas já até falam que economizam energia em casa para sobrar dinheiro para passear no shopping”, explica a professora Maria Paula Oliveira, da Escola Branca de Neve.
Izadora Leticia de Moraes, de 7 anos, da Escola Municipal Branca de Neve, aprendeu e apresentou direitinho o projeto sobre As plantas que comemos, que aborda o reaproveitamento de sobras de vegetais para o cultivo e manejo de alimentos orgânicos.
Ela aprendeu junto com os colegas a reaproveitar a casca da banana para fazer bolo e brigadeiro. “Eu aprendi que nós não podemos desperdiçar as plantas, que são muito importantes para gente. Nós fizemos bolo, brigadeiro, com as cascas, é muito gostoso”, disse.
Todos os 196 trabalhos passam por uma avaliação de técnicos municipais e também do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Educação em Ciências e Matemática (Nupecem), da Universidade Estadual de Roraima (UERR).
Os três melhores trabalhos de cada modalidade de ensino: Ensino Fundamental, Educação Infantil e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) serão premiados com medalhas e troféus e credenciados para a Feira Estadual de Ciências de Roraima (Fecirr).