Política

Requerimento de afastamento partiu de deputado líder do Governo

Em ofício encaminhado ao governador Antonio Denarium (PSL), o parlamentar cita possíveis irregularidades na gestão da Uerr e graves indícios de má administração de recursos públicos

O deputado Soldado Sampaio (PCdoB), líder do Governo na Assembleia Legislativa (ALE-RR), foi autor do requerimento com pedido de afastamento do reitor Regys Freitas, da Universidade Estadual de Roraima (Uerr).

Em ofício encaminhado ao governador Antonio Denarium (PSL), o parlamentar cita possíveis irregularidades na gestão da Uerr e graves indícios de má administração de recursos públicos.

Entre eles, o deputado apontou que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informou em outubro deste ano o “não recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte, incidente sobre a folha de pagamento dos servidores da Universidade no período de janeiro a setembro de 2019.

Cita também possível prática de fraude na contratação de empresa terceirizada de limpeza, suposto fraude em concurso vestibular e mestrado; possibilidade de viagem ao exterior para fins particulares com verba pública e sem autorização do governador e contratação de palestrante com dispensa de licitação, com valores superfaturados e compra de título de honoris causa.

“Não bastassem essas informações e investigações em andamento, a comunidade acadêmica e servidores da UERR, no processo eleitoral em curso para escolha de novo Reitor e Vice-Reitor daqui a aproximadamente 30 dias, estão convivendo com cerceamento da democracia participativa”, aponta Sampaio.

O parlamentar afirma que há falta de transparência e possíveis tentativas de manobras lideradas pelo único candidato, no caso, o próprio reitor. “As chapas concorrentes teriam sido impugnadas simplesmente em virtude de “mudança estratégica em benefício próprio da ‘regra’” com o jogo em andamento”, completa Sampaio.

Outro ponto elencado pelo deputado dão conta de eventuais irregularidades de “perseguições, assédio moral contra servidores e acadêmicos”. O deputado frisou ainda que as práticas culminaram em investigações por meio da Polícia Civil de Roraima e remetido ao Ministério Público Estadual para análise e consequente apresentação de denúncia.