Novembro já está marcado como um dos períodos mais aguardados por lojistas e consumidores devido à já tradicional Black Friday, que acontece sempre na última sexta-feira do mês. Para o comércio, este é um momento de esvaziar os estoques e, para clientes, uma oportunidade para aproveitar os preços baixos e antecipar as compras de Natal.
Como a universitária Isabela Araújo que se prepara para comprar algo durante a data pela primeira vez. “Eu pretendo comprar sapatos e produtos de beleza, como maquiagens e cuidados com a pele. Também estou cogitando a possibilidade de comprar alguns acessórios tecnológicos como fone, relógio e caneta, mas estou avaliando os preços ainda. Os eletroeletrônicos eu olho apenas na internet, já os outros artigos venho olhando tanto na internet como também em lojas físicas no comércio e nos shoppings”, compartilhou.
Em meio a esta redução especial nos preços, o Procon estadual já está realizando fiscalizações e monitoramento de preços em lojas físicas dos centros comerciais para evitar que a população roraimense tenha problemas durante a compra dos produtos. O projeto “De Olho na Black Friday” conta com uma equipe de cinco pessoas que estará atenta a qualquer irregularidade ou denúncia, antes e durante a data.
De acordo com Lindomar Coutinho, coordenador do Procon estadual, os consumidores funcionam como ‘fiscais de ponta’ e devem ficar atentos desde já aos preços praticados pelo mercado.
“Fazer a pesquisa de preço hoje é a dica mais importante que vamos repassar aos consumidores. Saber se o produto que vai ser ofertado na Black Friday vai ter desconto e se vai estar abaixo do preço de mercado de hoje. Se estiver acima ou no mesmo preço que hoje, não existe o famoso desconto”, instruiu.
Uma das maiores reclamações durante as edições anteriores, segundo Coutinho, foi a ‘maquiagem de preço’, principalmente em produtos ofertados pela internet em lojas virtuais, que levou os consumidores a criarem o apelido de ‘Black Fraude’. Este tipo de prática também conhecida como “metade do dobro”, consiste no aumento dos preços antes da data para depois baixá-los e nomeá-los como “super descontos”. A propaganda enganosa também inclui a diferença dos preços anunciados no momento da compra e na hora do pagamento do pedido.
De acordo com a lei, a punição varia entre R$ 650 e R$ 9 milhões, conforme a gravidade da infração, a vantagem obtida e a condição econômica do fornecedor. A situação fica a cargo de análise do Procon.
Muito comum entre lojistas, o anúncio do percentual de descontos dados aos produtos é uma das formas de atração de clientes. Para Coutinho, o produto ao qual a promoção se refere deve estar especificado. “O produto tem que estar em exposição com uma informação clara e concisa pra não induzir o consumidor ao erro. Se aquele produto estiver em promoção, ele deve estar visível”, orienta.
A troca de produtos também pode se tornar uma grande dor de cabeça durante a Black Friday. Coutinho recomenda que o consumidor dê prioridade a lojas físicas onde pode verificar pessoalmente se o produto possui defeitos e pergunte se a opção de troca está disponível antes de finalizar a compra.
“Agora, por exemplo, eu comprei uma camisa azul, paguei, cheguei em casa, vi que queria uma vermelha e vou lá trocar. O lojista só é obrigado quando ele fala no momento da compra que ele faz a troca do produto e se tem algum defeito ou vício. É importante o consumidor verificar a forma de troca ainda durante a compra”, finalizou Lindomar Coutinho.
DENÚNCIA – Os consumidores podem realizar denúncias e envio de fotos das irregularidades encontradas nos centros comerciais por meio de mensagem no WhatsApp e ligações nos números 99172-4008 e 99176-0022, que serão verificadas pelos técnicos do Procon.