Cotidiano

MATERNIDADE: Em seis meses, atendimento de estrangeiras quase triplicou

No primeiro semestre deste ano, foram atendidas 184 pacientes, 116 a mais do que no mesmo período do ano passado

O número de pacientes estrangeiras, com a procedência da Guiana e da Venezuela, atendidas no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), no primeiro semestre de 2014, quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2013, foram 68 pacientes, e este ano, 184 pacientes, um aumento de 116 casos (170,58%).
Os dados são do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same), do HMI, e não são exclusivos de partos realizados na unidade, mas sim relacionados a outros procedimentos disponibilizados pela unidade.       
Por ser a única maternidade pública em Roraima, referência no atendimento materno-infantil, e pela localização geográfica, o HMI também atende a demanda de regiões próximas, como os dois países.
Conforme a diretora-geral, Ana Carolina Brito, o HMI funciona como referência na realização de partos e também nos casos clínicos em que a gestante possa apresentar complicações no pré-parto, parto e puerperio, por isso, além dos partos, alguns destes atendimentos às estrangeiras, em especial, referem-se a procedimentos de curetagem, histerectomia total, laqueadura e outros.
Carolina explica que ao chegar no Hospital a paciente estrangeira é atendida de imediato, mas passa ainda pelo serviço de acolhimento, por conta da comunicação.
“Buscamos tratá-las da mesma maneira que as outras, porém devido a língua, é preciso garantir clareza na comunicação, por isso temos o cuidado de prestar o acolhimento para que sejam identificadas todas as necessidades da paciente, o que vai garantir maior segurança aos profissionais que atuam na unidade, principalmente no setor de emergência”, explicou.
Conforme a médica obstetra, Cristiane Born, as pacientes estrangeiras são atendidas dentro dos protocolos clínicos das outras gestantes diagnosticadas como mais graves.
“As estrangeiras possuem essas características por serem paciente que apresentam um grau de precariedade durante o pré-natal, ou seja, não receberam um atendimento amplo com todas as consultas e exames estabelecidos (no cartão da gestante, pelo Ministério da Saúde), além disso muitas delas fizeram o pré-natal, mas apresentam casos de malária, e outras síndromes não tratadas, o que requer um cuidado maior”, complementou.
Fonte: Ascom-Sesau