Cotidiano

Justiça condena membro de facção criminosa por morte de PM

Réu foi condenado a 36 anos de prisão durante Júri Popular

O réu Edivan Silva da Silva, conhecido como “Bob”, acusado pela morte do PM Arnaldo Alves de Sena, foi condenado a 36 anos de prisão durante Júri Popular ocorrido nesta quarta-feira, 06 de novembro, no Fórum Criminal.

Segundo a sentença, Edivan Silva da Silva foi condenado a 30 anos por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, meio insidioso, recurso que dificultou a defesa da vítima e homicídio cometido contra agente da segurança pública), e seis anos pelo crime de organização criminosa.

O homicídio ocorreu no dia 15 de novembro de 2016, por volta das 16h, no bairro Santa Tereza. Na ocasião, o PM Arnaldo Alves de Sena foi morto a tiros quando dormia na varanda de sua casa.

De acordo com a denúncia , o réu Edivan Silva da Silva agiu na companhia dos comparsas Admir Tiago e Adriano, o “Bandido”. Os dois foram mortos ao reagirem à abordagem policial logo após praticarem o crime, enquanto Edivan foi preso alguns dias depois do fato.

Consta na denúncia que o trio agiu de forma premeditada a mando de líderes de uma facção criminosa. Para cometer o crime, Edivan Silva e Adriano foram até a residência da vítima em uma bicicleta roubada, enquanto Admir ficou nas proximidades aguardando os comparsas em um carro.

Após disparar dois tiros contra a vítima, o réu Edivan e Adriano foram ao encontro de Admir, de onde fugiram de carro.

A acusação foi sustentada pelo Promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Diego Barroso Oquendo. “A sociedade roraimense, mais uma vez, consciente da sua responsabilidade, ao condenar o réu demonstrou que não compactua com a banalização da vida e com a prática de crimes”, destacou o Promotor de Justiça.

Crimes contra agente da segurança pública

Este é o segundo caso este ano em que réus são condenados por, entre outros crimes, atentar contra a vida de agentes da segurança pública.

Em abril deste ano, uma decisão do Tribunal do Júri levou à condenação de José Galdino da Silva, o “Neguinho”, a 12 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o guarda municipal A.G.S.J.

De acordo com a denúncia, a tentativa de homicídio ocorreu enquanto a vítima cumpria escala de serviço, no posto da Guarda Municipal, localizado na praça Mané Garrincha, no bairro Tancredo Neves.