O roraimense terminará o ano com a carne bovina 4,55% mais cara a partir desta segunda-feira, dia 11. A Cooperativa de Agropecuária de Roraima (Coopercarne) informou que o reajuste foi necessário devido à baixa oferta do boi gordo no estado.
Este é o terceiro e maior aumento do produto em 2019. Em abril, a porcentagem anunciada era de 2,86%. Já em julho, o reajuste foi de 1,86%. Segundo o presidente da Coopercarne, Nadisson Pinheiro, o acréscimo no valor da famosa ‘mistura’, deve-se também a fatores climáticos que desde 2016 afetam a produção rural.
“Foram abatidas muitas fêmeas no estado e está existindo uma dificuldade na reposição de bezerros. Problemas passados causaram prejuízos que estão refletindo hoje. Por isso existe essa baixa oferta de boi gordo”, explica.
A intenção, conforme a cooperativa, é também incentivar o produtor do sul do estado a comercializar o seu abate na Capital. “Eles estão muito próximos do mercado do Amazonas. Se a gente paga um valor melhor, isso incentiva que eles tragam os animais para o mercado de Boa Vista. Com isso não causa nenhum tipo de desabastecimento”, argumentou.
Para contornar o aumento do produto, a pesquisa pelo menor preço e a substituição da carne bovina por outros tipos tem sido a alternativa para o representante comercial Antônio Santos. Ele conta que sempre gastou em torno de R$ 100 a R$ 150 por mês para abastecer a geladeira, mas que desde o último aumento, no início do semestre, decidiu diminuir a quantidade.
“Parei de comprar alguns tipos de carne e passei a investir no frango, linguiça e ovos. Como vendedor, eu entendo essa questão do aumento, mas no fim do mês, sempre prefiro o que não pesa no bolso”, comenta.
PESQUISA E ESTIMATIVA – A reportagem da Folha foi a três supermercados nos bairros Paraviana, Asa Branca e Centro para coletar os valores praticados atualmente nos açougues e calculou a estimativa de preços para os próximos dias.
Confira na tabela: