O uso da camisinha nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção a infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Mas, infelizmente, nem todos se preocupam com a saúde sexual.
O resultado disso, é que das cerca de 900 mil pessoas infectadas com HIV, 135 mil não sabem que tem o vírus. Os testes para detectar o HIV estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). E não é demorado saber do resultado! Hoje, é possível saber se você está infectado em apenas 30 minutos.
Segundo o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Pereira, o teste é muito simples. Basta solicitar o exame na unidade de saúde mais próxima e não precisa de encaminhamento médico. “Os testes estão disponíveis na Atenção Básica, em estratégias como o Viva Melhor Sabendo. E vom esse diagnóstico temos uma medida de prevenção, porque, na medida em que a pessoa é diagnosticada e tratada, ela deixa de ter uma carga viral circulante”, esclareceu.
Ao chegar para fazer o teste, o profissional de saúde, que pode ser médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem, capacitado, coleta uma gota de sangue ou fluido oral. O material é submetido ao reagente que fornece o resultado positivo ou negativo. No entanto, é preciso estar atento sobre o prazo de se fazer o teste rápido, por conta da chamada janela imunológica.
Janela imunológica
Janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a identificação de anticorpos produzidos pelo organismo. Por isso, é preciso fazer o teste antes de passar o período de janela imunológica pode gerar um resultado conhecido como falso negativo. Para o HIV a janela varia até 30 dias. Pessoas sexualmente ativas podem repetir os testes para HIV e outras ISTs.
Resultado positivo
Quando o resultado é positivo para HIV, o paciente já é encaminhado para o tratamento específico. “É importante conhecer o diagnóstico cedo, tratar imediatamente e se manter em tratamento. Assim, ela pode ter uma vida sem maiores complicações, como o aparecimento de infecções oportunistas”, explicou. O diretor reforça que a AIDS ainda não tem cura, mas pode ser controlada com os medicamentos disponíveis no SUS. “É um tratamento diário. O tratamento antirretroviral que a gente tem no Brasil é o que há de melhor no mundo e rapidamente, entre três e seis meses, a carga viral da pessoa passa a ser indetectável”, ressaltou o diretor.
O Ministério da Saúde tem aumentado o número de testes distribuídos, tanto para HIV, como sífilis, hepatite b e hepatite C, mantendo uma média de quase 14 milhões de testes de HIV distribuídos no país.