Segurança Pública vai montar equipe para atuar nas fronteiras

O secretário Estadual de Segurança Pública de Roraima, Olivan Junior, afirmou que Roraima foi o terceiro do país em redução de crimes violentos letais e intencionais do país, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte e o Ceará.

A notícia foi dada durante entrevista ao radialista Natanael Vieira, no programa Agenda da Semana da Rádio Folha 100.3.

Olivan Junior disse ainda que está sendo criada uma governança de fronteira, onde a secretaria terá domínio das principais saídas da cidade, tanto em Pacaraima quanto em Bonfim, e no sul do Estado. 

“Será uma ação interligada ao Ministério da Justiça e vai melhorar nossa atuação contra o tráfico de drogas, armas e contrabando no estado. Vamos montar outra equipe para atuar na fronteira combatendo o crime. Vai ser uma tropa atuando de forma federal e estadual, agindo pontualmente em situações que hoje não temos como dar resposta rápida, e hoje vamos dar, para agir em crimes transfronteiriços e ambientais”

O secretário anunciou que de forma imediata devem chegar 65 viaturas para a polícia militar, 53 para a polícia civil, 120 motocicletas, equipamentos e armamentos, munição letal e não letal. “De maneira concreta, eu vejo que a partir do momento em que firmamos os convênios e com a chegada do Fundo Estadual de Segurança, que conseguimos viabilizar com o plano de ação, a sensação de segurança da população vai aumentar. Tudo isso vai estar revertendo de forma positiva para a sociedade, a partir desse planejamento que, sendo seguido, dará o resultado almejado. A partir da meta tenho o planejamento e isso vai reverter em investimento para termos segurança no crescimento, para que o recurso não seja mal aplicado e seja colocado com austeridade e firmeza, que é a marca do governo Denarium. Em abril ou maio estaremos começando a receber esse material e a população vai ficar surpresa com 2020, quando a segurança voltará a funcionar depois do colapso que sofreu em 2018.”

O secretário afirmou que a partir de um levantamento estatístico se acaba tendo uma ‘mancha criminal’ por bairro e tipo de crime que aflora por tipo de área mapeada nos bairros. “Então conseguimos fazer muito com pouco. Vemos onde tem maior criminalidade e coloco maior efetivo onde tem maior problema. São ações de gestão e antecipação, por meio do uso da inteligência como base. Quando você conjuga as duas acaba fazendo muito com pouco. Não esperávamos resultados tão positivos e acredito que foi consequência natural de cada órgão fazer seu dever de casa. A Polícia Federal, a PRF, a Força Nacional, todos os órgãos que realmente entenderam de integrar conosco, até porque vivem aqui, e conseguimos chegar a esse resultado. É um mérito da integração e os resultados estão aparecendo.”

Olivan afirmou que ainda existem problemas com pequenos delitos, por conta do desemprego.

“Quando se resolver a questão social, esses pequenos delitos se reduzirão. Eu morei aqui em 2014 e meus filhos andavam na rua à vontade, e hoje em dia, até pela questão social, com o acréscimo da população vertiginoso em curto período de tempo. E não tem como fazer planejamento nem condições de resolver essa situação da forma como se apresentou. Percentualmente, o crescimento da população é muito alto e toda a infraestrutura do estado sofre aumento vertiginoso. Em função disso tudo, o resultado da segurança é expressivo, pois em setembro reduzimos o número de homicídios em 70%. É um trabalho intenso onde todos tentaram fazer sua parte e conseguimos chegar a um bom resultado. Hoje somos mais organizados que o crime.” 

Olivan explicou que a partir da integração se conseguiu mais de 44 ações com apreensão de grande volume de drogas e número armamento, em um trabalho de forma paralela ao que já existe.