Dados da Polícia Civil mostram que, em 2017, foram registrados 173 casos de estupro de vulnerável em Roraima, números que preocupam as autoridades e a população roraimense. Com o objetivo de aumentar a segurança, punir e acabar com este tipo de crime, foi apresentado um projeto de Lei, 169/19, à Assembleia Legislativa (ALE-RR), que não permite a contratação, em determinados cargos públicos, de pessoas condenadas por crime sexual contra criança ou adolescente.
“A gente vê nos jornais esse tipo de barbaridade acontecer o tempo inteiro. É uma maneira de tentar coibir ou até mesmo extinguir esse ato de violência”, declarou o autor da matéria, deputado estadual Neto Loureiro (PMB).
Os empregos que tratam o projeto abrangem aqueles na administração pública em que se trabalha com crianças e adolescentes. “Isso significa não poderão ser lotadas em instituições como creches, escolas, abrigos, clínicas e hospitais pediátricos”, explicou o deputado.
Segundo ele, para a comprovação da regularidade, o candidato deverá apresentar a certidão de antecedentes criminais no ato da inscrição ou entrega da documentação. “Esse processo será gerido pela própria instituição competente”, conclui Neto Loureiro.
A administração pública deverá guardar sigilo sobre as informações coletadas para resguardar a privacidade da pessoa. A expectativa é que o projeto seja aprovado na Casa e siga para sanção governamental até o próximo ano.
DADOS – Conforme dados da Polícia Civil do Estado, foram registrados 284 casos em 2016, entre ocorrências de estupro (187), estupro de vulnerável (56) e tentativa de estupro (41). Em 2017, este número subiu, foram 326, sendo a maioria de estupro de vulnerável (173), seguidos de 113 estupros e 40 tentativas.
Já em 2018, conforme dados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram 253 estupros de mulheres e vulneráveis em Roraima. A instituição também divulgou, em novembro deste ano, que 21 mulheres são estupradas a cada mês em Roraima.