Em 1998, os nascimentos registrados eram de crianças com mães eminentemente jovens, sendo mais de 30% gerados entre aquelas de 20 a 24 anos de idade. Em 2008, nota-se uma diminuição relativa dos nascimentos cujas mães pertenciam a essa faixa etária, e um aumento daqueles cujas mães tinham 25 a 29 anos (25,2% do total). Em 2018, a participação dos grupos de 20 a 24 e 25 a 29 anos de idade equivalem a 24,5% e 23,7%, respectivamente.
“Os dados de 2018 também evidenciam o incremento, em relação aos demais anos analisados, da representatividade dos nascidos vivos registrados cujas mães tinham 30 a 39 anos de idade, com relativa redução dos registros de filhos nascidos de mães mais jovens. Tais resultados corroboram as tendências, observadas nos censos demográficos, de redução das taxas de fecundidade das mulheres mais jovens”, revela o estudo do IBGE.
Porém, a região Norte se diferencia das demais nesse quesito. No Norte, no ano passado, 29,1% dos registros de nascimentos foram de crianças cujas mães na ocasião do parto tinham 20 a 24 anos, e 21,2% correspondiam a mães adolescentes com menos de 20 anos – um padrão que diferencia essa região, no que tange à sua estrutura etária de nascimentos, das demais.
Os padrões das regiões Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, equilibram a concentração de nascimentos cujas mães estavam nos grupos etários de 20 a 24 e 25 a 29 anos. Por outro lado, tanto na região Sudeste como na região Sul observa-se uma grande representação também dos nascimentos cujas mães tinham idades de 30 a 39 anos.
“O conhecimento dessa realidade, observada na desagregação geográfica dos nascimentos por idade da mãe, é de grande relevância não apenas para identificar os padrões regionais de nascimentos, suas características e influências sobre o total nacional, mas também porque apontam para a necessidade de se considerar essas e outras peculiaridades regionais na elaboração e implantação de políticas públicas”, diz o estudo.