Turismo e agronegócio podem ser opções para o Estado

AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

Você provavelmente já deve ter ouvido falar por aí que o Estado de Roraima se mantém firme por conta da famigerada Economia do Contracheque, ou seja, que é mantida em sua maioria pelos ganhos do funcionalismo público. De fato, não é errado afirmar isso, já que ainda depende e muito dessa prática, porém não tanto como em outros tempos, quando Roraima vivia exclusivamente disso.

Apesar disso, é possível dizer que ouve avanços nos últimos tempos, como aponta o presidente do conselho deliberativo do Sebrae-RR, Jadir Correa. “A Área de Livre Comércio (ALC) mudou muita coisa, pois baixou o preço de muitos produtos aqui e trouxe descontos que chegam a ser mais ou menos aquilo que a gente pagava de frete. Temos preços iguais ou menores do que outros lugares, como Manaus”, destacou.

Segundo acredita Correa, o turismo, em locais conhecidos no Estado, como o município de Uiramutã e a Serra do Tepequém, na região Amajari, tem grande potencial para alavancar a economia, porém salientou a necessidade de se ter grandes investimentos por parte do poder público e da iniciativa privada.

“Já conheci muitos lugares por aí e nunca vi nada mais bonito que Uiramutã, só que a estrada de lá dá muito problema. Então nós temos esse potencial, essa beleza natural, mas precisamos criar atrativos turísticos para as pessoas virem a Roraima e não somente passar por aqui. Turismo é dinheiro vivo, é geração de emprego e divisas para a região e para o Estado, então precisamos tomar atitude e criar condições”, frisou.

O agronegócio é outra área promissora para o desenvolvimento do Estado, como também acredita Correa, que elogia o executivo estadual por investir nesse projeto. Porém relembrou que o grande problema em relação ao assunto ainda é a transferências de terras.

“Temos que ter terra e isso nós temos, mas não temos o documento. São muitas exigências e precisa haver um estudo mais elaborado, pensando não só na preservação ambiental, mas também na produção, já que necessitamos plantar, colher e vender nosso alimento para a população e para exportar. Precisamos de segurança jurídica, pois pessoas com coragem para investir nós temos, mas tem que haver condições”, pressupôs.

O QUE É PRECISO – Correa pontua que a infraestrutura, a segurança jurídica das terras e a energia são um conjunto de medidas necessárias para criar um cenário de desenvolvimento para Roraima. “Se isso acontecer, estamos no céu”, afirmou.

Ele finalizou dizendo acreditar em um desenvolvimento criado pelo atual governo federal e frisou que há pessoas para investir e trabalhar. “Somos uma cidade universitária, muito por conta da Universidade Federal de Roraima e agora podemos empregar pessoas daqui mesmo”, concluiu.