Política

Márcio Junqueira é condenado a prisão por compra de votos

De acordo com a decisão do juiz, Márcio Junqueira usou o cargo de presidente do Iteraima para incentivar invasões de terras com a promessa de regularizá-las

Reportagem alterada às 10h32 para crédito da fonte.

O juiz Antônio Augusto Martins Neto condenou a dois anos, um mês e 15 dias de prisão em regime semi-aberto por compra de votos, o ex-deputado federal Márcio Junqueira. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) nesta segunda-feira, 9. As informações foram retiradas do site G1 em reportagem feita pelo jornalista Fabrício Araújo.

A denúncia afirma que quando era presidente do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) Márcio Junqueira usou o cargo para incentivar invasões de terras e prometia a legalização das áreas em troca de votos para um candidato a vereador de Boa Vista em 2012.

A defesa do ex-deputado ainda pode recorrer da sentença.

Testemunhas afirmaram no processo que viram Marcio Junqueira no bairro Nova Esperança, incentivando invasões e prometendo a regularização dos terrenos, bem como materiais de construção caso o vereador que ele apoiava fosse eleito.

A defesa de Junqueira afirmou durante o processo que ele estava afastado do cargo à época da denúncia.

O juiz rebateu afirmando que nenhum documento que comprove o afastamento foi apresentado, e que mesmo que estivesse fora do cargo ele teria usado de seu prestígio e desconhecimento dos eleitores para angariar votos.

O juiz  Antônio Augusto afirmou ainda que “o réu não possui bons antecedentes” e já foi condenado outras vezes. Ele ainda decidiu por condenar o ex-deputado federal a pagamento de multa de R$ 103,65.

O valor da multa foi calculado a partir de cinco dias-multa de um trigésimo do salário mínimo de 2012, que era igual a R$ 622. Ou seja cinco vezes R$ 20,73.