A inclusão de crianças especiais nas salas de aula é um dos principais desafios da educação brasileira. E foi convivendo com alunos especiais, que a aluna do curso de Sistema de Informação do Centro Universitário Estácio da Amazônia, Hellen de Oliveira Marques, identificou a possibilidade de construir uma solução inovadora para atender crianças autistas.
O trabalho foi apresentado durante uma das ações de fomento à pesquisa e projetos de inovação realizados pelo centro universitário, o aplicativo criado por Hellen foi um dos 67 projetos apoiados com objetivo de contribuir para o desenvolvimento regional.
Hellen percebeu que os alunos com autismo sentiam mais interesse pelas atividades educacionais quando utilizavam os computadores. “Eles se mostravam muito interessados pela tecnologia, mas quando iam fazer atividade escrita, ou no papel, não demonstravam tanto entusiasmo”, conta.
A acadêmica resolveu então estimular a alfabetização de autistas com um aplicativo para telefones ou tablets. A ferramenta foi testada com 10 alunos de uma sala de recurso multifuncional da escola municipal Nova Canaã, em Boa Vista.
A experiência contou com a participação da orientadora da sala, uma psicopedagoga, e cuidadores de alunos.
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Foi uma experiência de grande importância. Acredito que contribuiu para o aprendizado tanto dos alunos, quanto para o meu. Estou muito satisfeita com o resultado positivo dos testes realizados com os estudantes com autismo leve. Não é uma tarefa fácil, eles não se concentram muito. Só de perceber que teve mudança, e as crianças reconhecendo as letras do alfabeto, foi muito gratificante”, comemora.
A orientadora de Hellen, a professora Wanda Correia, ressalta que as ferramentas inovadoras estão sempre presentes nos projetos desenvolvidos pelos alunos.
“Nossa preocupação é justamente estimular o tempo todo que os universitários tragam inovação que possa resolver um problema já existente na sociedade por meio de uma solução tecnológica”, afirma.