Cotidiano

Testemunha de defesa do caso Bernardo será ouvida em Boa Vista na sexta-feira

Assassinato do menino de 11 anos, no Rio Grande do Sul, tem como acusados do crime o pai, a madrasta e uma amiga do casal

O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) confirmou, na manhã de ontem, o recebimento da Carta Precatória oriunda da Justiça do Rio Grande do Sul com relação ao caso do menino Bernardo Boldrini, morto há um ano na cidade gaúcha de Frederico Westphalen e que repercutiu em todo o País. A fase da tramitação que antecede o interrogatório dos réus depende do depoimento de uma testemunha que reside em Boa Vista.
O depoimento, que será em defesa da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, uma das principais acusadas de ter assassinado o enteado, marcado anteriormente para o dia 11 de maio, foi antecipado pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), onde estão os autos do processo, para a próxima sexta-feira, 10, às 9h30 horas, na Sala de Audiências da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de Boa Vista.
O juiz Marcos Luís Agostini, titular do processo que tramita na Primeira Vara Judicial da Comarca de Três Passos (RS), definiu que o prazo para a inquirição da testemunha era de 30 dias. O magistrado havia solicitado urgência no cumprimento da carta precatória.
Após a oitiva da testemunha, que não teve a identidade revelada, a próxima etapa do processo será ouvir os réus para que as defesas e a acusação apresentem suas alegações. Só então o juiz responsável definirá se o caso irá a júri popular.
O CASO – Bernardo Uglioni Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 04 de abril de 2014, em Três Passos. O corpo do garoto foi encontrado na noite de 14 do mesmo mês, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado em cova rasa às margens de um rio.
A enfermeira Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugulini, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Ela acusou o pai e a madrasta do menino de envolvimento na morte.
Respondem ao processo criminal Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. A denúncia foi aceita pelo juiz Marcos Luís Agostini em 16 de maio de 2014. (L.G.C)