52 delegados da Polícia Civil de Roraima enviaram carta ao delegado Geral Hebert Amorim e ao governador Antônio Denarium, informando que caso o Projeto de Lei Complementar nº09/19 não seja sancionado, eles pedirão exoneração dos cargos comissionados que ocupam.
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Roraima, Cristiano Camapum, a medida visa manifestar indignação aos atos de insubordinação dos policiais civis representados pelo Sindicato.
“É um verdadeiro desrespeito aos delegados, criam factoide, mentiras, e ofendem a nossa honra, denegrindo a imagem, agredindo nossas famílias, com dossiês falsos, pregando a insubordinação por pirraça, ao invés de buscar os direitos dos sindicalizados”, pontuou.
Ainda de acordo com Camapum, o aumento no salário dos delegados trata apenas de uma reestruturação, que poderia se estender ás demais categorias.
“Esse reconhecimento poderia ser estendida aos agentes, se isso realmente fosse interesse deles, o que não demonstram, pois preferem não avançar em nada desde que os delegados fiquem estacionados, e isso é um pensamento atrasado”, afirmou o delegado.
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Roraima emitiu nota informando que se todos os delegados pedirem exoneração das funções gratificadas a Polícia Civil vai continuar funcionando normalmente.
“Iremos continuar fazendo o nosso trabalho e entregar no Ministério Público, se for o caso. Eles deixarão de ser diretores e titulares, mas continuarão sendo delegados. Ficando provado que a imensa maioria dessas funções gratificadas são inúteis, e servem apenas para engordar o salário de quem a recebe”, cita a nota.
Ainda na nota, o sindicato reconhece que a maioria das pessoas que ocupa estes cargos são dignas.
“Conhecemos todas as pessoas que ocupam cargos na Polícia Civil e na imensa maioria são pessoas sérias, dignas, honradas e comprometidas com o serviço público. O que ocorre nesse momento é fruto, infelizmente, de um pequeno grupo que sempre esteve no poder, de uma forma ou de outra, buscando simplesmente benefícios pessoais e a perseguição de adversários políticos”, finaliza a nota.
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