A administradora de empresas e produtora rural Samara Gentil Rodrigues é uma das alunas do curso Técnico em Agropecuária na modalidade a distância oferecida pelo Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima, e viu sua produção triplicar após o início do curso.
Ela produz há pelo menos oito anos molho de pimentas
, em um sítio da região da Serra da Moça, distante 100 km do polo de estudos, o do Truaru da Cabeceira, comunidade indígena da região rural de Boa Vista.
Com duração de um ano e meio, o curso obrigou Samara a percorrer 200 km para ir e voltar ao polo, uma vez ao mês, e aprender mais de uma área que ela julgava conhecer. As técnicas aprendidas durante as aulas a fizeram melhorar o rendimento dos negócios e, conforme declaração dela, durante o último encontro com gestores da EAD do IFRR antes da formatura, prevista para março de 2020, a produção de pimentas triplicou, e, por conseguinte, os lucros também.
A produtora mantém contrato com a maior rede de supermercados da cidade e com vários comércios/mercados, além de produzir molhos artesanais que comercializa. Antes de ganhar a terra para trabalhar, Samara era bancária e tinha começado mais um curso superior, o de Contabilidade. Mas, como sempre cultivou o desejo de trabalhar com a terra, largou tudo e resolveu investir no sítio.
O aprendizado das aulas mudou para melhor os negócios, uma vez que o trabalho é o mesmo, mas a rentabilidade e a produção triplicaram.
“Por ser criada no mundo da pimenta, eu batia no peito, muito ignorante, e falava que já sabia tudo, mas não sabia. Eu estava cometendo erros, e corrigi com o curso. Fazendo de maneira correta, consegui triplicar minha renda.”, frisou Samara.
Samara comenta ter outros certificados de cursos em várias áreas, mas esse que ela está concluindo veio para selar. “O curso veio contribuir de maneira muito satisfatória. Se tiver outro curso ligado ao solo, com certeza eu faço. Quero agradecer ao instituto, à equipe gestora, a todos os diretores e aos mestres, que incansavelmente viajam para ministrar aula nos polos. Se estavam com problemas de saúde, de família ou cansados, nunca deixaram que isso atrapalhasse as aulas. Agradeço imensamente aos mestres que vieram aqui, porque são maravilhosos”, finalizou.