As letras do texto que você está lendo foram criadas a partir da tipografia, uma maneira encontrada para representar a escrita, além do processo manual e difundir a comunicação, primeiramente na prensa de ferro, e depois no computador.
Antes do século XV, a tarefa de comunicar era árdua. Imagina redigir um livro inteiro à mão! Graças ao alemão de barbas longas Johannes Gutenberg, o Ocidente conheceu a prensa mecânica. A primeira tipografia no Brasil foi criada em 5 de janeiro de 1808
Tipografia, neste caso, é o local onde os materiais eram impressos com tipos, ou seja, peças de metal com formatos de letras que eram encaixadas em equipamentos para que se pudesse fazer uma impressão.
Murilo Bezerra Menezes, de 84 anos, trabalhou boa parte da vida como tipógrafo (Foto: Nilzete Franco)
Murilo Bezerra Menezes, de 84 anos, trabalhou por 30 anos na Imprensa Oficial quando Roraima ainda era o Território Federal, e atuou boa parte do tempo como tipógrafo.
“Nós passamos a usar a tipografia já no terceiro ano de criação do território, pois havia a necessidade de se implantar um boletim oficial, e aos poucos fomos desenvolvendo o trabalho com a tipografia, pois não tínhamos muitas condições financeiras”, contou.
Menezes explicou como era o processo de impressão na época.
“Usávamos caixas com os ‘tipos’, e íamos usando de acordo com a matéria que teria que ser publicada e transferindo a transferência da tinta para o papel, na época éramos seis pessoas. Ao longo dos anos foram surgindo outros meios de publicação para chegar à tecnologia de hoje”, lembrou.
Atualmente, o uso da tipografia é tão inerente ao nosso dia a dia que muitas vezes esquecemos sua importância.
Mesmo sendo um segmento tão importante do design, ainda são poucas as graduações brasileiras que incluem a cadeira de tipografia no currículo. Não faz muito tempo que poucos profissionais tinham conhecimento da cultura tipográfica do Brasil, apesar de haver um grande interesse.
Origem
O alemão Johann Gutenberg criou o primeiro processo de impressão, usando tipos móveis em letras de madeira e mais tarde de metal. O primeiro livro produzido em massa foi A Bíblia de Gutenberg em 1454, conhecida como a Bíblia de quarenta e duas linhas.