A maioria das mulheres sonha com o bronze perfeito. E algumas fazem de tudo pela ‘marquinha’. Talvez por isso, a moda do bronzeamento com biquíni de fita tenha sido tão bem aceita nos últimos anos.
Iniciada nas cabines de bronzeamento artificial (hoje proibidas), com esparadrapo e fita crepe, a moda estourou mesmo no Brasil em 2016, com o biquíni de fita isolante. Desde então, o procedimento vem ganhando cada vez mais adeptas.
A tendência preocupa os médicos pelos riscos que representa à saúde, tanto a curto como a médio e longo prazo.
A dermatologista Ana Paula Vitti citou que a busca pela cor bronzeada acaba colocando as mulheres em risco.
“Nossa cultura é o bronze, vendemos para o mundo um país moreno, de cor de pele bonita, então é muito difícil colocar na cabeça das mulheres que isso é prejudicial. Então o que pedimos é que quem optar por fazer o procedimento, que façam apenas em partes do corpo onde a pele é mais forte, como abdômen, bumbum, pernas”, pontuou.
A dermatologista Ana Paula Vitti não recomenda a exposição exagerada ao sol (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
De acordo com a médica, tomar sol nas partes superiores do corpo é extremamente prejudicial.
“A pele da parte superior do nosso corpo é muito fina, então não é recomendado fazer o procedimento nessa área. Recomendo que a pessoa use filtro solar de fator acima de 50 para proteger o rosto, orelha, pescoço, peito, nuca, mãos e braços. Outra opção é substituir o bronzeador por um filtro solar que tenha cor, ou fazer um bronzeamento vegetal, que é feito com um jato de água termal com vegetais, com plantas botânicas que ajudam a manter a cor”, explicou.
Ana Paula citou os riscos, como o câncer de pele. “A pessoa pode ter uma insolação, queimaduras, mas também pode no futuro adquirir um câncer de pele, e temos muita preocupação com o câncer de pele aqui em Roraima, quem tem sinais pretos deve primeiro ir ao dermatologista pra saber se pode tomar sol ou não”, recomendou.