Possibilitar bem-estar e prevenir o aparecimento de outras patologias são alguns dos objetivos da fisioterapia para crianças. É indicada para pacientes com casos de desvios posturais, dores, transtornos variados, como, por exemplo, neurológicos, ortopédicos, respiratórios ou no desenvolvimento motor da criança.
De acordo com a fisioterapeuta Mariann Mesquita, ela abrange todo o processo de crescimento e desenvolvimento infantil, indo das necessidades mais básicas às habilidades mais complexas. Segundo ela, a abordagem terapêutica se estende a patologias genéticas, neurológicas, cardíacas, respiratórias, motoras, metabólicas e traumas.
A terapeuta explica que o fisioterapeuta também atua em bebês prematuros, já que eles necessitam de um acompanhamento precoce, podendo ser intra-hospitalar ou ambulatorial, onde as terapias terão o objetivo de facilitar o desenvolvimento neuropsicomotor e respiratório.
“Esses cuidados podem ser preventivos. Mesmo se a criança não apresentar nenhuma patologia instalada, é importante que ela passe por uma avaliação médica e fisioterapêutica para avaliar a motricidade do bebê” explica.
Ela ressalta que os pais devem prestar atenção no desenvolvimento da criança como um todo na parte motora: analisar as posturas de cabeça, tronco e membros, observar se a criança se movimenta bem; na parte respiratória: observar se a respiração está correta, pelo nariz, ou se está puxando ar pela boca, olhar desconforto respiratório, ouvir ruídos durante a respiração.
O sistema respiratório também é mais susceptível à infecções. Nas pneumonias e bronquiolites, que são as mais comuns, ocorre um acúmulo de secreções no pulmão, sendo necessário recorrer à fisioterapia, que tem o objetivo de remover essas secreções por meio de técnicas compressivas e expansivas.
“Se notada alguma mudança no comportamento normal ou ao comparar a criança com outra da mesma faixa etária e notar alguma alteração, é necessário que leve a criança ao pediatra ou a um fisioterapeuta para que ocorra uma avaliação mais específica”, relatou.
Neuropediatria
A área responsável pelo desenvolvimento neuropsicomotor é a neuropediatria, que trata disfunções como hidrocefalia, paralisia cerebral, mielomeningocele, doenças neuromusculares, síndrome de Down, etc, e a área da pneumopediatria, que tratam problemas respiratórios, pneumonias, bronquites, asma, etc.
“São aplicados exercícios, alongamentos e técnicas manuais específicos para cada caso com acompanhamento fisioterapêutico. E, dependendo da necessidade, podem ser utilizados equipamentos para auxiliar na reabilitação. A fisioterapia para crianças é de grande importância para a reabilitação e desenvolvimento de cada paciente, com o objetivo de se alcançar a independência funcional de cada criança atendida”, explica a especialista.
Cultura
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