Cotidiano

Militares da reserva poderão ser usados para reduzir filas do INSS

Atualmente 1,3 milhão de pedidos por benefício estão sem análise há mais de 45 dias, prazo legal para uma resposta do órgão

O governo quer recrutar militares da reserva para integrar a força-tarefa que atuará na redução da fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A proposta é que eles assumam funções de atendimento nas agências do órgão, liberando servidores que atuam hoje nessas áreas, para trabalhar na análise dos pedidos dos segurados.

Atualmente 1,3 milhão de pedidos por benefício estão sem análise há mais de 45 dias, prazo legal para uma resposta do órgão.

A fila de espera vem caindo desde agosto do ano passado, mas a um ritmo ainda lento, o que deflagrou a elaboração de uma nova estratégia no governo para atacar o problema.

A possibilidade de recrutar militares inativos é prevista na lei que reestruturou o regime dos militares, recém-aprovada pelo Congresso Nacional.

O texto diz que o militar da reserva contratado para o desempenho de atividades de natureza civil, em caráter voluntário e temporário, receberá um adicional de 30% da remuneração. O pagamento será feito pelo órgão contratante – neste caso, o INSS.

As Forças Armadas têm um contingente de mais de 150 mil reservistas.

Segundo fontes que participam das discussões, a alternativa pode ser mais barata e mais ágil do que a contratação de terceirizados, outra ideia aventada pelo governo. Além disso, seria uma mão de obra qualificada para atuar no atendimento, recebimento de documentos e digitalização de papéis.

As informações são do Jornal Estadão*