Cotidiano

Campanha de vacinação contra aftosa segue até o dia 30 de abril

O objetivo da ação é vacinar as 760 mil cabeças de gado do rebanho bovino do Estado; vacinação é obrigatória

A 1ª etapa, deste ano, da campanha de vacinação contra a febre aftosa, lançada no dia 1º, segue até o dia 30 deste mês. O objetivo da ação é vacinar as 760 mil cabeças de gado do rebanho bovino do Estado. As vacinas estão disponíveis em casas agropecuárias cadastradas junto à Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) na Capital e no interior. 
Os criadores de animais bovinos e bubalinos em todo o Estado são obrigados a vacinar o rebanho. O diretor de Defesa e Inspeção Animal da agência, Vicente Barreto, destacou que a campanha é uma importante etapa para elevar o status de Roraima de médio risco para livre de aftosa. “Se nós vacinarmos 95% do rebanho, nós teríamos um forte argumento para passar ao status livre com vacina. Porém, além disso, nós temos que estruturar escritórios e ter uma boa logística. Para isso, estamos contratando servidores, adquirindo carros novos e reestruturando escritórios”, declarou.
Para comercializar a vacina, que custa entre R$ 1,70 e R$ 1,90, a casa agropecuária deve estar cadastrada junto à Aderr. Elas devem ter uma estrutura de refrigeração adequada à conservação da vacina, com termômetro. “Essas casas são fiscalizadas semanalmente durante a campanha. Depois disso, o intervalo é quinzenal. Em todo o Estado são oito, sendo uma em Alto Alegre, uma em Rorainópolis e outra, em Caroebe”, detalhou.
Barreto destacou que o próprio produtor aplica a vacina. “Ele pode aplicá-la junto com seus funcionários e nós o auxiliamos quando somos solicitados, através de informações. Ela deve ser aplicada por via intramuscular e não pode ficar sem refrigeração. Quando o produtor for comprar a vacina, ele deve levar um isopor com gelo e mantê-la assim até a aplicação”, explicou.
Após a vacinação, o criador deve informar a Aderr que realizou o procedimento. “No momento da compra da vacina, o criador recebe uma nota fiscal. Neste documento vem um espaço que chamamos de estratificação do rebanho. Junto vem uma lista para ele informar quantos bovinos possui. Quantos são machos e quantos são fêmeas. Além da idade deles. Após o procedimento, ele leva este documento para um dos escritórios da agência”, disse Barreto.
O diretor de Defesa e Inspeção Animal, Vicente Barreto, ressaltou que a notificação é essencial para verificar a evolução do rebanho. Ele informou que quem deixar de vacinar ou notificar estará sujeito à multa de R$ 1.070 mais R$ 70 para cada cabeça de gado não vacinada. “O produtor tem até o dia 15 de maio para realizar a notificação. Caso ele não faça isso, entrará em uma lista de inadimplentes. Após este prazo, nós iniciamos as buscas ativas, nós os procuramos para saber o que houve, se ele não vacinou, se esqueceu de comunicar”, explicou.
Ao fim da primeira etapa de vacinação, técnicos da Aderr devem a fazer a busca ativa por aqueles que não vacinaram ou não notificaram o órgão.
Nas próximas campanhas, o criador contará com um sistema online para informar a Aderr da vacinação de seu rebanho. Barreto anunciou que a agência comprou novos computadores para implantar o programa. “A Guia de Transporte Animal (GTA) será emitida de forma eletrônica. Toda essa mudança está sendo feita, pois iremos passar por uma auditoria do ministério da agricultura, que poderá elevar o nível do Estado para Livre de Aftosa”, observou. (I.S)

Campanha prevê vacinar 11 mil animais nas comunidades indígenas de Boa Vista   Técnicos agropecuários e um médico-veterinário de Boa Vista iniciam hoje, 13, a primeira etapa da vacinação contra febre aftosa nas comunidades indígenas localizadas na zona rural de Boa Vista. Apesar de ser uma responsabilidade dos indígenas, esse é o oitavo ano em que a Prefeitura de Boa Vista realiza apoio às comunidades a fim de unir esforços e manter baixo o risco da doença no rebanho.
Segundo o superintendente de Assuntos Indígenas, Lucas Lima, a preocupação do poder Executivo municipal é manter o controle da vacinação para não comprometer os índices sanitários do Estado. “Por ser uma enfermidade animal altamente contagiosa, a aftosa causa significativas perdas econômicas. Por isso, temos essa preocupação em auxiliar as comunidades indígenas, uma vez que seus respectivos rebanhos servem tanto para consumo próprio, como para comercialização”, explicou Lima.
A Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas, que coordena a campanha na zona rural, mantém o cadastro de todos os animais por comunidades. Conforme relatório interno, em 2014 foram 5.392 animais vacinados na primeira etapa e mais 4.497, na segunda, totalizando 9.889 bovinos. Para 2015, a estimativa é que 11 mil animais sejam imunizados, atendendo, mais uma vez, a todas as 16 comunidades indígenas de Boa Vista.