O governo de Donald Trump vai limitar os vistos temporários concedidos a mulheres grávidas suspeitas de querer ir aos Estados Unidos para que o filho se beneficie automaticamente da nacionalidade americana, devido ao local do nascimento.
Qualificando a prática como uma “evidente lacuna migratória”, a administração assegura que a “indústria do turismo de maternidade” ameaça ser uma “sobrecarga” para os hospitais do país e uma ameaça à segurança. “Isso é necessário para fortalecer a segurança pública, a segurança nacional e a integridade do nosso sistema de imigração”, afirmou a Casa Branca, em comunicado.
“A partir de 24 de janeiro de 2020, o Departamento de Estado não vai mais emitir vistos temporários para estrangeiros que queiram entrar nos Estados Unidos para fazer ‘turismo de maternidade'”, a fim de aproveitar a lei do solo americano, anunciou nesta quinta-feira, 23, a Casa Branca.
As mudanças nas regras afetam os vistos de turista nas categorias B1 e B2. Segundo a Constituição dos EUA, todos os bebês nascidos no país têm automaticamente direito à cidadania, ainda que seus pais não sejam americanos.
Aos 21 anos de idade, essas pessoas têm o direito de pedir visto de residência permanente para seus pais, o que os críticos do sistema chamam de “imigração em cadeia”.