Com o intuito de prevenir uma possível entrada do coronavírus pela fronteira do Brasil com a Venezuela, o Ministério da Saúde vai instalar, nos próximos dias, um centro de operação de emergência da vigilância sanitária em Roraima.
“A medida responde a uma preocupação em relação ao país vizinho que já existia: em crise, o sistema de saúde venezuelano não tem condições de atender a própria população, que acaba fugindo para o Brasil. Foi assim que o vírus do sarampo e o da dengue que entraram em território nacional”, afirmou o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta.
“Temos um país populoso, do nosso lado, que tem um trânsito intenso com o Brasil e que desmanchou o próprio sistema de saúde. Não temos nem com quem falar lá. Vamos aproveitar esse momento de crise para nos organizar e, se nada acontecer, fica o legado para uma fronteira complicada”, diz Mandetta. Segundo ele, o centro é uma sala de situação para prover uma resposta rápida em caso de crise.
O secretário de vigilância em saúde Wanderson de Oliveira conta que a instalação do centro faz parte de um projeto de fortalecimento das fronteiras, e que a ideia é levar a vigilância para 66 postos — hoje, há apenas um em cada estado.