Em crise interna desde o final do ano passado, a instituição da Polícia Civil em Roraima (PCRR) ainda necessita de atenção do Governo do Estado. A avaliação é que somente o governador Antonio Denarium (sem partido) tem o poder para promover a pacificação entre os delegados e demais categorias.
A análise da situação permanente de crise é do deputado Nilton do Sindpol (Patriota), em entrevista ao programa Agenda da Semana neste domingo, 09, na Rádio Folha 100.3 FM. Com a aprovação do reajuste nos salários dos delegados da Polícia Civil, a avaliação do parlamentar é que existe um ‘clima de guerra’ entre os profissionais da segurança pública.
Ainda, que o chefe do Poder Executivo tem ciência da situação e das demandas dos demais profissionais que não foram beneficiados com o reajuste. Uma das solicitações também se refere ao pagamento de uma promoção, que segundo Nilton deveria ser concedida aos servidores da PCRR desde março do ano passado.
“O governador Antonio Denarium é sabedor disso. Já falamos isso para ele desde a época da campanha, quando ele era então candidato. E agora, como gestor, nós já apresentamos os problemas em várias oportunidades. A última vez que nós estivemos reunidos, dia 23 de janeiro deste ano, solicitei que nos reuníssemos com todos os gestores e os sindicalistas. Já entregamos um projeto com todas as demandas. disse. “Todos os atores têm conhecimento das demandas, mas só quem pode tomar a decisão que venha realmente minimizar toda essa situação é Denarium. Somente o governador pode colocar um fim a essa guerra instalada na Polícia Civil”, acrescenta.
Outro ponto debatido pelo parlamentar é a falta de uma proposta de unificação entre as categorias. Em especial, entre delegados e demais cargos. “A nossa grande luta é para que a instituição seja vista como uma. O que nós acompanhamos na nossa história é que, infelizmente, as gestões da Polícia Civil não têm preocupação com a instituição, mas única e exclusivamente com o cargo de delegados”, disse Nilton.
O parlamentar alega ainda que não há explicação para os atos realizados pelo Poder Executivo, a seu ver, em favorecimento à classe dos delegados, por conta da crise econômica defendida pelo governador.
“Todas as oportunidades que a gente conversa ele [Denarium] vem com uma calculadora e uma planilha dizendo que Roraima está em deficit, que temos que economizar. Tanto é que na Assembleia Legislativa temos um projeto de lei para cortar em 40% o percentual de cargos comissionados. Isso é realmente contraditório”, criticou. (P.C.)