Mesmo com uma decisão judicial, a BR-174 em Pacaraima continua interditada. A decisão que determina a desocupação da rodovia federal é assinada pelo juiz federal Felipe Bouzada Flores Viana, da 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal.
Os protestos que geraram o fechamento da BR tiveram início no sábado (8), após uma estudante indígena de 15 anos, de origem venezuelana, ter sido vítima de estupro cometido por um imigrante venezuelano. Os manifestantes pedem segurança no município, que faz fronteira com a Venezuela.
No mesmo documento, assinado às 19h07 dessa segunda-feira (10), em que o juiz determina que a rodovia federal seja desobstruída para a passagem de pessoas e de veículos entre Pacaraima e a Venezuela, consta a informação de que o alvo da decisão são pessoas incertas e não reconhecidas, lideradas pelo prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato.
O magistrado fixou uma multa de R$ 10 mil, por hora, aplicada sobre as entidades sindicais/associativas, bem como sobre seus representantes, e estabeleceu também multa incidente sobre cada manifestante que ‘irregularmente permanecer obstruindo a BR, no valor de R$ 500 reais por hora.