Para acolher crianças e adolescentes com autismo, para que seja trabalhada a inclusão em sala de aula, uma capacitação foi promovida para os profissionais do programa Abrindo Caminhos. No ano passado, a Assembleia Legislativa atendeu 12 alunos com esse diagnóstico e, neste ano, a expectativa é que seja criado um serviço específico para este público.
A psicóloga Camila Sales conduziu a capacitação. Ela esclareceu o que é o autismo e ensinou a terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), para que os profissionais saibam adaptar o ensino conforme a necessidade da criança nas atividades oferecidas pela instituição.
“A inclusão é realmente feita quando a gente coloca a criança na atividade, mas não é que ela tem que se adaptar à atividade, a gente que se adapta, para que ela aprenda melhor, para que o aluno se beneficie nas aulas do Abrindo Caminhos”, orientou.
A pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) apresenta dificuldades para se comunicar e interagir, além de interesses obsessivos e comportamentos repetitivos. Segundo a profissional, os aspectos variam em cada pessoa.
A diretora da instituição, Viviane Lima, explica que desde 2018 foram chegando alunos com autismo no programa, e neste ano a demanda pode crescer, por isso surgiu a iniciativa de realizar uma capacitação com os servidores, para promover a inclusão social.
“Nesse primeiro encontro, abordando a base. É importante a participação dos servidores, desde a equipe da copa, administração até aos instrutores para que conheçam um pouco mais sobre autismo.”
Neste ano, o Abrindo Caminhos ganhará uma nova sede, e uma das propostas do Poder Legislativo é implantar um espaço com atividades para pessoas com autismo.
Para repassar essas informações, em 2019, a psicóloga participou de um curso à distância sobre terapia ABA para autismo e no Seminário de Conscientização e Elaboração de Políticas Públicas para Pessoas com Autismo, promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, na Câmara dos Deputados.