Política

Empresário nega benefícios direcionados para sua firma

Frente às declarações de parlamentares que questionaram a contratação sem licitação, por parte da Prefeitura de Boa Vista (PMBV), o empresário Rodrigo Ávila declarou que não há benefícios direcionados para atender unicamente a firma. 

No primeiro momento, o engenheiro e arquiteto ressaltou que é membro da empresa R. E. Castro Ávila & Cia. LTDA. e que a companhia é de propriedade de Luiz Mario Severo Avila, administrador e pai do empresário.

“O meu pai chegou aqui no final da década de 1960, foi um dos fundadores do 6° BEC, sendo um dos autores da BR-174, desde a fronteira com o Amazonas até a Venezuela. Sua dedicação foi tamanha que o Exército colocou o nome de um igarapé em sua homenagem (Igarapé Sgt Ávila, próximo a Pacaraima)”, informou à Folha.

O empresário ressaltou ainda que, seguindo os caminhos do pai, concluiu curso de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo para juntos prestarem serviços para diversos setores públicos e privados, entre eles, com a especialização de perícia em edificações.

“Nossa empresa é genuinamente roraimense e em atividade no Estado há mais de 25 anos, gerando empregos e receita de impostos revertidos para a sociedade, uma história de pioneirismo e crença no desenvolvimento do Estado”, informou Ávila.

O empresário ressaltou ainda que a atuação no mercado local é margeada pelos princípios da moralidade e respeito irrestrito às leis, portanto, não haveria benefícios direcionados para a firma em questão. “Prestamos os serviços pelos quais somos contratados porque somos capazes de os executar com competência técnica e preços compatíveis com o que exige a administração pública”, completou.

Quanto aos contratos a que se referiram os parlamentares, o engenheiro declara que as medidas estão em consonância com a lei e que os documentos são públicos e estão à disposição dos órgãos fiscalizadores. 

“Recebemos com surpresa parte das declarações dos parlamentares, os quais questionam três contratos firmados com a Prefeitura de Boa Vista, o que já foi explicitado em detalhes pela administração municipal, não pairando qualquer tipo de irregularidade sobre os mesmos. Lamentamos veementemente esse tipo de ataque ao qual fomos vítimas, tentativa de macular nossa atividade em Roraima. Estamos acionando nossos advogados para tomar as medidas cabíveis contra as calúnias e difamações das quais somos vítimas”, finalizou o empresário.

Prefeitura explica razões da urgência nas licitações

Sobre reportagem publicada na edição desta terça-feira, 18, a Secretaria Municipal de Comunicação alegou que a contratação de empresa com dispensa de licitação para levantamento das causas da rachadura de uma viga de sustentação da estrutura da Orla Taumanan ocorreu devido à urgência dos serviços e o dever de cuidado com a população.

O Executivo Municipal afirma que a necessidade de contratação surgiu após vistoria técnica realizada por profissionais das Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, de Serviços Públicos e Meio Ambiente e da Defesa Civil. 

“Por não se conhecer as razões que ocasionaram as rachaduras, identificou-se a necessidade de um Laudo Técnico especializado que apontasse as causas que deram origem às patologias e, com isso, levantar a melhor solução técnica e financeira para a sua devida recuperação, permitindo a elaboração de projeto executivo de recuperação da Orla Taumanan. Os profissionais concluíram pela imediata interdição do local, diminuindo, de fato, riscos de desmoronamento de toda a estrutura”, informou a Prefeitura.

Com relação à contratação de serviços de sondagem para as obras do Parque do Rio Branco, a PMBV informou que a empresa responsável inicialmente rescindiu o contrato unilateralmente, prejudicando o andamento e acompanhamento técnico e essencial dos trabalhos, atrasando o avanço dos serviços, o que poderia causar grandes danos ao erário. 

“Por conta desta situação, levando em consideração os prazos de realização de procedimentos licitatórios, houve a necessidade de imediata contratação de nova empresa, mediante dispensa de licitação, para que a segurança do local, relacionada ao solo e à base de estrutura, pudesse ser atestada e acompanhada por empresa capacitada, afim de garantir o bom desempenho das obras”. 

A Prefeitura reforçou ainda que o tempo necessário para se realizar o processo licitatório poderia causar prejuízos à regular aplicação dos R$ 54 milhões utilizados na segunda etapa, em razão de comprometer a realização dos serviços no cronograma físico-financeiro do convênio da segunda intervenção do Parque, durante canalização do Igarapé Caxangá”, completou o Executivo.

Já sobre os questionamentos da sondagem contratada para a Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, a Prefeitura ressaltou que frente às dificuldades encontradas na realização dos projetos de fundações, buscou os procedimentos de sondagens que seguissem as orientações das normas e minimizassem os custos dos elementos da fundação.

“Este serviço é fundamental para estudar as condições geológicas dos terrenos das eventuais construções e obter os dados necessários para aplicação aos projetos. Assim, há premência em conhecer, localizar, identificar, cadastrar e mapear, antecipadamente à elaboração do projeto, de arquitetura e complementares de engenharia, as feições naturais, os elementos construídos e as interferências existentes na superfície e no subsolo da área destinada à construção”, completou a administração municipal. (P.C.)