Movimentos feministas, sindicatos e partidos de esquerda em Roraima apresentam para a imprensa no auditório do Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) uma grande agenda unificada de protesto, ato cultural e rodas de conversas para o 8M2020 – Dia Internacional da Mulher, com o objetivo de dar visibilidade a todas as formas de violência contra mulher, alertar a sociedade contra a retirada de direitos no atual governo presidencialista, além da luta pela vida das mulheres.
O evento ‘#8M2020 Roraima’ também ofertará atendimento interno e externo às mulheres, com ações de orientação que vão desde esclarecimentos sobre o funcionamento das políticas partidárias até ações sociais, como cortes de cabelo, maquiagens e palestras sobre autoconfiança, para que as mulheres saibam da importância do seu espaço na sociedade e na política.
De acordo com a socióloga Andreia Vasconcelos, a pauta irá abordar a violência contra as mulheres, mulheres na política, racismo e violência na atual conjuntura e outras demandas. Além do Numur, o evento conta com outras instituições ligadas ao direito da mulher.
“Foram registrados em Roraima, mais de 2,7 mil casos de violência contra a mulher. Esses números alarmantes estão cada vez maiores e precisamos debater sobre isso e educar a população de que um problema que a mulher sofre, não é da mulher, e sim social” disse.
Programação
A programação conta com um grande ato unificado em defesa dos direitos no dia 06 de março, em frente ao INSS, na avenida Glaycon de Paiva, a partir das 8h. No horário da tarde será realizada a palestra Violência Doméstica à Luz da Lei Maria da Penha e acidente de trabalho, na sede da Cut, localizada na avenida Mario Homem de Melo, 3873, no bairro Buritis.
No dia 07, haverá uma palestra sobre violência contra as mulheres na Comunidade Indígena Morcego. No dia 08, haverá um Sarau Cultural pela vida das mulheres na Praça Germano Augusto Sampaio. A professora Antônia Pedrosa, representante do movimento sindical e de mulheres, disse que além da luta por políticas públicas, os segmentos sociais se mobilizam pela vida das mulheres contra todas as formas de violência, contra feminicídio, o sistema patriarcal e machista. Por isso as atividades continuam no dia 08 de março, no ato cultural, com apresentação de grupos de dança, música e poesia na Praça Germano Augusto Sampaio, no bairro Pintolandia, zona Oeste de Boa Vista, e ainda durante todo o mês de março, com rodas de conversas em diversos espaços.
“O 8M marca a luta das mulheres contra as diversas violências enfrentadas no dia a dia, em todos os âmbitos que atuam, seja na política, no trabalho e até mesmo no lar, onde deveria ser protegida e respeitada. Os números evidenciam uma sociedade ainda muito desigual, machista, sexista e patriarcal”, disse a
sindicalista.
A programação completa pode ser conferida no Instagram e no facebook @nucleodemulheresrr