Após a denúncia de um leitor à Folha, que a Clinica Especializada Coronel Mota (CECM) supostamente estaria com o atendimento ao público suspenso desde o dia 20 de março, os servidores da unidade informaram para a Folha que continuam cumprindo os plantões normalmente.
Segundo o denunciante, os servidores estariam aglomerados nos corredores da Clinica. A fonte apontou que existem de quatro a cinco médicos realizando somente o trabalho de renovação de receitas médicas.
“Enquanto isso no HGR (Hospital Geral de Roraima) e na Maternidade, os servidores estão se acabando de trabalhar. Aí eu te pergunto: Cadê os médicos que poderiam estar reforçando as outras unidades? Cadê a Enfermagem? Porque não estão redistribuindo para os setores críticos? Cadê os demais profissionais? Quem vai atender no hospital de campanha? Vão pagar plantão extra?” questionou o denunciante.
Mas, a FolhaBV apurou junto a profissionais de saúde que estão naquela unidade, a denúncia não procede, uma vez que: o ambulatório do pé diabético, o ambulatório de paracentese, o ambulatório de pacientes que fazem medicações intravenosas que antes eram feitas no HGR, continuam sendo feitas no Coronel Mota. Além das trocas de receitas dos paciente psiquiátricos que estão sendo feitos normalmente.
Em resposta a Folha, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que a Direção Geral da CECM determinou apenas funcionamento normal do ambulatório de curativos enquanto a sala de gesso tem funcionado com horário programado pelo setor de atendimento da unidade.
De acordo com a pasta, isso faz parte de mudanças no atendimento de algumas especialidades, por conta do decreto que instituiu a suspensão temporária em serviços em órgãos da esfera estadual por conta da pandemia do novo Coronavirus.
Sobre o fornecimento de medicamentos para pacientes com cadastro, o setor de farmácia da unidade informou que as receitas para pacientes que tenham passado por análise psiquiátrica terão validade de 120 dias, e de seis meses para pacientes crônicos.
“A Secretaria enfatiza que as mudanças foram pactuadas em reunião realizada na semana passada entre os membros da Sesau, do CRM-RR (Conselho Regional de Medicina de Roraima) e COE-RR (Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública de Roraima), valendo até o término do efeito do Decreto, caso o mesmo não seja prorrogado pelo governador Antonio Denarium”, encerrou a nota.
Matéria atualizada às 10h40