A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta sexta-feira (3) que as máscaras médicas devem ser priorizadas para os profissionais de saúde, mas abriu as portas para um maior uso público de máscaras caseiras ou outros revestimentos que cubram a boca, como forma de reduzir a disseminação do novo coronavírus.
Um alto funcionário da OMS disse a repórteres que há a possibilidade de transmissão aérea do vírus que já infectou mais de 1 milhão de pessoas e matou 50.000 em todo o mundo desde que surgiu na China, em dezembro passado.
Mas acredita-se que o principal fator da pandemia sejam pessoas doentes que, ao tossir e espirrar, contaminam superfícies ou outras pessoas.
— Devemos preservar máscaras de respiradores para nossos funcionários da linha de frente. Mas a idéia de usar coberturas respiratórias ou bucais para evitar tosses ou espirros, projetando doenças no meio ambiente e nas outras pessoas, isso por si só não é uma má idéia — afirmou Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS, em entrevista coletiva.
O infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, principal autoridade de doenças infecciosas dos EUA, afirmou nesta sexta-feira que os americanos devem cobrir o rosto se tiverem que sair de casa, mas ainda devem permanecer isolados tanto quanto possível.
Ryan reconheceu um “debate muito importante e saudável” sobre o uso de máscaras; Ele ressaltou que, se usadas, deveriam fazer parte de uma estratégia abrangente e não negariam a necessidade de lavar as mãos e de distanciamento social.
— Certamente podemos ver circunstâncias nas quais o uso de máscaras, tanto domésticas quanto de pano, no nível comunitário, pode ajudar em uma resposta abrangente a esta doença — afirmou.
*Com informações da Reuters