Em meio ao isolamento social determinado para evitar a disseminação do novo coronavírus, como ficam os pacientes oncológicos, que são submetidos à radioterapia e quimioterapia fora de suas residências, e os pacientes renais crônicos, que também precisam sair de casa para fazer hemodiálise, geralmente três vezes na semana, com duração de três a quatro horas por sessão?
De acordo com o médico endocrinologista Cesar Penna, o isolamento social, lavagem frequente das mãos e a etiqueta de espirro devem ser as principais medidas dos pacientes que precisam dar continuidade aos seus tratamentos e para isso sair de casa.
“As pessoas não podem deixar de lado seus tratamentos, elas precisam sair com todo o cuidado necessário, por que abandonar esses tratamentos pode ser prejudicial à saúde e até mesmo fatal”, explica.
O médico disse que com a telemedicina é possível fazer consultas pela internet, mas existem pacientes que precisam de tratamentos específicos como radioterapia e a quimioterapia.
“Até porque existem doenças que não esperam. Suspender o tratamento por três meses, por exemplo, significa estar retirando daquele paciente oportunidade de ter um bom resultado desse tratamento”, reforçou. Segundo ele, ainda assim, é necessário reforçar o cuidado em casa para que esses pacientes não tenham contato com aglomeração de pessoas.
Para pacientes saudáveis, que só vão fazer check-up ou a entrega de exames, a consulta pode ser reagendada. O paciente também pode tirar dúvidas com o médico remotamente. A situação muda em casos de pacientes com doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e diabete, que estão descompensados. Estes precisam manter o acompanhamento para evitar o agravamento das doenças, o que poderia levá-los a internações.
“Nesses casos é necessário estar atento ao lavar as mãos ao chegar e sair do local e não tocar no rosto. Evitar tocar e ficar perto de outras pessoas durante a espera pela consulta. Também é importante ser pontual para evitar acúmulo de pessoas na recepção” disse Penna.