Cotidiano

Comprar bens duráveis não está nos planos de famílias roraimenses

Em Roraima, comparando abril com o mês de março o índice apresentou uma queda de 2,8%.

Com a crise do coronavírus, muitas lojas de eletrodomésticos e bens duráveis estão fechadas. As compras só são possíveis por meio dos sites das lojas no estilo delivery ou drive thru. Mesmo com essa opção, a consumidora Isabelle Araújo preferiu adiar a compra de sua máquina de lavar.

“Com a incerteza dos dias de hoje, não sabemos como ficará os gastos, muitas pessoas poderão perder os empregos e haver redução. Dependo do salário meu e do meu marido para sustentar a casa, a compra pode ficar para depois” explicou.

 Os dados da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, mostram que no mês de abril o índice de consumo das famílias roraimenses foi de 103,7 pontos. É o menor resultado desde setembro de 2019.

 Segundo o economista da Fecomércio/RR, Fabio Martinez, “seis dos sete índices que compõem o ICF apresentaram queda em abril, na comparação com o mês março e o destaque negativo para o momento e a compra bens duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis, que caiu 14,5%. Outros indicadores que também apresentaram quedas relevantes foram a perspectiva profissional (-4%) e compras a prazo (-3,8%)”.

 O único índice que apresentou leve crescimento neste mês de abril foi o de perspectiva de consumo, com elevação de 0,5%.

 O Intenção de Consumo das Famílias é composto por sete categorias diferentes, que abrange as condições profissionais e de renda das famílias, além dos níveis de consumo, acesso a crédito e perspectivas futuras de consumo. Os índices variam de 0 a 200 pontos com nível de indiferença de 100 pontos. Valores acima de 100 pontos mostram um comportamento mais otimista das famílias em relação ao consumo.

Em Roraima, comparando abril com o mês de março o índice apresentou uma queda de 2,8%. Mas, ainda de acordo com o economista, “em relação ao mesmo período de 2019, houve um crescimento de 2,9% na intenção de consumo das famílias roraimenses”.