Em meio ao isolamento social, os cidadãos do estado de São Paulo têm preferido usar o sistema de entregas para comprar comidas, bebidas, medicamentos, produtos de higiene pessoal e artigos para os pets, mas adotam medidas preventivas para ter o menor contato possível com os entregadores. É o que comprova a pesquisa realizada pela OnYou, empresa de cliente oculto, entre os dias 6 e 9 de abril, a pedido dos estabelecimentos sobre as preferências dos consumidores.
Entre os entrevistados, 63% optaram pela entrega “sem contato físico”, em que um local – como calçada, muro ou portão, por exemplo – é previamente combinado entre o cliente e o entregador. Também há a preferência de 70% dos entrevistados pelo pagamento via aplicativo. A utilização de máscaras (49%) e álcool em gel (47%) no momento da entrega também são listadas como alguns dos métodos de prevenção escolhidos, que, inclusive, são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para realizar o levantamento, foi necessário o disparo de formulários online para todo o Brasil, com um total de 3 950 respostas. Dessas, 41% foram de moradores da capital paulista ou de algumas outras cidades do estado. As questões também abrangiam a renda familiar do público respondente e a amostragem foi diversa, sendo de R$ 1.001 a R$ 3.000 e de R$ 3.001 a R$ 5.000 as mais expressivas, com 29% e 26% do entrevistados, respectivamente.
“Com a pandemia, queremos entender como funciona o delivery no Brasil”, diz José Worcman, sócio-fundador e CEO da companhia. Deste modo, estabelecimentos preferidos entre os participantes para os pedidos de delivery são os restaurantes, com 89% das predileções. Eles são seguidos pelas farmácias, com 32%, e pelos supermercados, com 29% das preferências. Ainda inseridos no campo de bebidas, os bares e as lojas que disponibilizam os itens contam com 14% dos pedidos, e os pet shops fecham o ranking dos cinco primeiros com 10%.
A frequência de uso também foi analisada. Ela mostra que cerca de 43% dos participantes utilizam os serviços – que podem ser prestados pelas plataformas de entrega rápida ou pelos próprios estabelecimentos – de uma a três vezes por semana, enquanto 33% recebem mercadorias de quatro a seis vezes no período. Apenas 7% dos entrevistados ainda não havia usado o delivery desde que a quarentena começou.
Para Worcman, esses comportamentos apresentados mostram que os consumidores confiam e estão satisfeitos com os processos de delivery.