O índice de agentes penitenciários em Roraima com covid-19 em dois dias. Conforme informações da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) na última quarta-feira, 06, eram 18 servidores com a doença. Já nesta sexta-feira, 08, o índice subiu para 42 funcionários com o novo coronavírus.
Os casos entre os detentos também subiram. Em apenas quatro dias, o número de detentos infectados pelo novo Coronavírus subiu de 27 para 42. Além disso, o sistema prisional de Roraima já conta com duas mortes.
A secretaria esclarece que os agentes com a confirmação da doença estão afastados para recuperação, e que promove o isolamento de reeducandos testados positivamente, a fim de evitar a proliferação do vírus nos presídios do Estado.
A Sejuc ressaltou ainda que desde o início da pandemia do novo coronavírus estão sendo adotadas medidas no sistema prisional e que estão sendo cumpridos os protocolos preventivos acerca da covid-19, com a distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para agentes e demais servidores que trabalham no sistema.
“Além disso, as visitas e atividades externas estão suspensas, e a higienização nas unidades é feita de forma reforçada, tendo em vista que a doença é de fácil contágio”, finalizou a Sejuc.
Até o último dia 5, o levantamento apontava que a maior parte dos casos estava concentrada na Cadeia Pública Masculina, com 22 positivos e 26 em isolamento. Já na Feminina, apenas uma estava confirmada e outras 10 em suspeita.
Apenas dois foram positivados na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC) e no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), uma confirmação e seis isolados. A atualização desta sexta-feira (8) solicitada pela reportagem, não detalhou a distribuição dos casos.
MORTES – As duas mortes de detentos pela Covid-19 aconteceram nos dias 2 e 6 de maio. As vítimas eram E.J, de 56 anos, e U.S, de 64 anos, respectivamente.
O primeiro, que cumpria pena na PAMC, foi internado no Hospital Geral de Roraima (HGR) no dia 29 de abril com quadro de dispneia (falta de ar) e saturação do oxigênio de 88%. Ele não possuía comorbidade associada.
A segunda vítima era detento da Cadeia Pública e possuia histórico de problemas de saúde pré-existentes, além de ser ex-fumante de tabaco. Ele portava doença arterial coronariana crônica, colesterol misto, hipertensão e em 2014 foi submetido a um cateterismo cardíaco, devido a um quadro de angina instável.
De acordo com a pasta, desde o início da pandemia estão sendo adotados protocolos de prevenção, como visitas e atividades externas suspensas e a distribuição de equipamentos de proteção individual aos servidores do sistema e aos agentes penitenciários.
OUTRAS DOENÇAS – A pandemia do novo Coronavírus não é a única preocupação no sistema prisional roraimense, que no início do ano ganhou destaque na mídia nacional com um surto de doenças de pele entre os detentos da PAMC.