No segundo semestre de 2018 teve início as obras da primeira Unidade de Radioterapia de Roraima, com previsão de entrega para o mês de julho de 2019. O empreendimento foi orçado em R$ 7.209.400,90, a partir de recursos do Governo Federal.
Já que esse serviço não é ofertado em Roraima, o complexo atenderia pacientes diagnosticados com câncer e que necessitassem realizar o procedimento de radioterapia no próprio estado e próximo aos familiares.
A reportagem foi até o local e averiguou que a obra, mesmo em fase avançada, encontra-se abandonada, sem a presença de trabalhadores e/ou maquinários. Ao redor do local, é possível perceber a formação de matagal.
A situação em que se encontra a obra já havia sido denunciada em outubro do ano passado. Na época, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou, por meio de nota, que o Governo Federal é o responsável pela obra e que a construção foi paralisada após o fim do contrato da empresa responsável com o Ministério da Saúde (MS). O contrato havia sido encerrado após identificação de erros no processo inicial da obra.
O prédio, que fica localizado na Rua Amsterdã , no bairro Aeroporto, zona norte da capital, teria em sua estrutura um bunker, espaço onde o aparelho de radioterapia seria instalado, e um acelerador nuclear, utilizado no tratamento a pacientes com câncer.
SESAU – A Folha entrou em contato com a Sesau para saber como está o andamento das obras e, por meio de nota, a Sesau informou que a construção da Unidade de Radioterapia e Braquiterapia de Roraima é de responsabilidade do MS (Ministério da Saúde). A pasta afirma que, até o momento, a unidade está com 45% de sua estrutura concluída.
“A ordem de serviço da obra foi assinada no ano de 2018, pelo então ministro da Saúde, Gilberto Occhi, em visita ao Estado. Os trabalhos foram paralisados após o órgão ministerial reincidir o contrato com a empresa contratada à época”, argumentou a secretaria.
Por fim, a Sesau acrescentou que está no aguardo da nova ordem de serviço, que deve ser emitida pelo Ministério da Saúde, para que os trabalhos sejam retomados.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – A reportagem também entrou em contato com o MS para pedir posicionamento sobre a obra e aguardamos retorno.