Os profissionais seletivados de educação do município de Mucajaí denunciaram a suspensão de pagamento dos salários durante o período da pandemia, ou seja, por tempo indeterminado.
Segundo denúncia feita à Folha, os funcionários seletivados da Prefeitura de Mucajaí foram convocados para reunião na última sexta-feira, 08, e comunicados da suspensão dos salários. No entanto, foram informados que a suspensão é somente do pagamento, mas os contratos continuam vigentes.
“Questionamos o motivo dessa suspensão, se ainda vamos ser declarados no censo escolar. Quando um professor é declarado no censo escolar, o município recebe mais verbas. A alegação é que o município está com muitas dívidas e que não tem como pagar o pessoal do caminhão do lixo. Mas antes de ter pandemia, a Prefeitura já tinha verba destinada para pagar”, disse uma professora seletiva que preferiu não se identificar.
A profissional afirmou ainda que dos 15 municípios de Roraima, apenas Mucajaí tomou essa decisão. “Ao meu ver isso não está certo, pois os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) continuam caindo na conta”, completou.
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A previsão é que a manutenção seja concluída às 18h, quando o sistema voltará a operar normalmente.
Outro funcionário ressaltou que os seletivados vão ter dificuldades para se manter durante o período de calamidade pública. “Como fica a situação diante dessa pandemia? Os servidores sem salário, sem os insumos básicos da alimentação para ficar em casa. Isso é um absurdo. Total falta de respeito com os professores”, acrescentou.
Secretária de Educação de Mucajaí diz que pagamentos vão ser retomados após pandemia
A secretária municipal de Educação de Mucajaí, Sueli Magalhães, confirmou a realização da reunião sobre a suspensão dos salários temporariamente até que se retorne as aulas, sendo presenciais ou parciais. “Ainda não sabemos como vai ficar. Não temos ideia de quanto tempo a pandemia vai continuar. Então, nós temos esses profissionais que estão em casa sem prestação de serviço”, informou.
Sueli afirma que os recursos do Fundeb vem caindo e com isso, a administração municipal teme a dificuldade de honrar o compromisso com os profissionais da educação. “Tão logo retorne as aulas presenciais ou no sistema remoto, eles serão convocados a retornar para prestação de serviço com nenhum prejuízo na questão do salário deles a partir do momento do retorno às escolas”, reforçou.
