Política

Telmário Mota defende mandato de cinco anos e o fim da reeleição

Senador defende uma reforma profunda e vai apresentar propostas contra o financiamento de campanhas feitas por empresas privadas

O senador Telmário Mota (PDT) propôs a aglutinação de todas as propostas relacionadas à reforma política para que o assunto seja analisado e votado pelo Senado. Ele defende uma reforma profunda e afirmou que vai apresentar propostas contra o financiamento de campanhas feitas por empresas privadas. “Os financiamentos podem ser feitos de pessoas físicas e os partidos podem levantar recursos junto à militância com vendas de produtos e materiais do partido”, disse. “Normalmente, as empresas que financiam campanhas querem a contrapartida disso e o que se vê são vários políticos envolvidos em corrupção por conta disso”. 
Entre outros pontos destacados pelo senador, que serão apresentados como propostas na reforma política, está a redução do número de partidos. “Com isso, vamos evitar que as legendas se tornem partidos de aluguel. E o primeiro passo já foi dado com o fim da coligação proporcional já aprovada pelo Senado. Isso já faz cair essa grande quantidade de partidos”, disse. Hoje são 32 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).            Ele também é contra o voto distrital, o chamado “distritão”, em que é eleito o que tiver mais votos. “Se o candidato recebe recursos privados e é o mais votado, nós estaremos banindo da política as pessoas mais simples e representantes do povo e de classes sindicais. Com isso, vai prevalecer o poder econômico”, frisou, complementando que é a favor do voto Distrito Simples para vereadores em municípios que  tenham mais de 200 mil habitantes e para deputadas estaduais.
O senador explicou que, no voto Distrito Simples, os bairros são divididos em distritos e o candidato é eleito apenas naquele distrito pelo qual se candidatou. Já no “distritão” é eleito com votos gerais, como hoje.  “Somos a favor do voto Distrito Simples porque o candidato é votado naquela região e, se não trabalhar pelo setor, não poderá ser candidato por outro distrito”, frisou.
O parlamentar disse que, na reforma política, ele se posiciona contra a coligação proporcional e a reeleição para cargos do Executivo – prefeito, governador e presidente, que passariam a ter mandado de cinco anos. (R.R)