Cotidiano

Prédio reintegrado será novo abrigo infantil

Antiga Creche do Governo e Clínica de Reabilitação, localizados na avenida Rio de Janeiro, eram ocupados por imigrantes venezuelanos

Os prédios das antigas Creche do Governo e Clínica de Reabilitação, localizados na avenida Rio de Janeiro, no Bairro dos Estados, em Boa Vista, passaram por uma desinfecção após serem entregues ao Estado pela Operação Acolhida. A previsão é que os locais sejam utilizados para criação de um abrigo infantil e um feminino.

O secretário adjunto da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), Roger Herzer, afirmou que o prédio da antiga creche, pertencente à estrutura da Secretaria de Educação e Desporto (Seed) será demolido e dará lugar ao abrigo infantil.

“Os recursos para essa obra são oriundos de emendas da deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB), que na mesma emenda também destinou recursos para mais cinco abrigos”, detalhou.

Herzer informou ainda que a Setrabes está em negociação com a Secretaria de Saúde (Sesau), pasta responsável pelo prédio da antiga Clínica de Reabilitação, para que no local seja construído um abrigo feminino.

“Para este segundo prédio, ainda estamos em negociação interna, dentro do próprio Governo, porém, até o fim do ano queremos iniciar os trabalhos, tanto no terreno da creche, quanto no da antiga Clínica de Reabilitação”, pontuou.

Locais passaram por desinfecção por conta do coronavírus (Foto: Secom)

Nova desocupação ocorrerá em junho

O comandante da Operação Acolhida, general Manoel de Barros, lembrou que com a reintegração dos prédios, a ação já devolveu para as mãos do Estado três locais que antes serviam de abrigo improvisado para imigrantes venezuelanos. O primeiro foi o antigo Boa Vista Shopping, no bairro 31 de Março.

Com as três desocupações, a Operação Acolhida, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) retirou destes locais 475 imigrantes. “Todos os venezuelanos deixaram o local de maneira voluntária e parte deles foi para os abrigos da Operação Acolhida, onde recebem toda a assistência dos militares e do Acnur, mantendo todos os cuidados de proteção, enquanto outros tiveram como destino a interiorização para outros Estados e moradias alugadas”, explicou Barros.

Barros adiantou que na primeira quinzena de junho haverá mais uma desocupação. “Ainda não podemos revelar qual é o local por questões de planejamento. Assim, nós esperamos realmente terminar com todas as ocupações espontâneas ainda este ano. Ao todo, são sete prédios públicos”, afirmou.