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Falta de consciência da população pode gerar adesão ao lockdown

Para o procurador de Justiça do Ministério Público, Edson Damas, se a população não tiver consciência, o Hospital de Campanha pode entrar em colapso

Considerando o aumento de casos confirmados de covid-19 no Estado e a possibilidade de colapso na rede estadual de saúde, o Ministério Público em Roraima (MPRR) não descarta a possibilidade de medidas extremas para impedir o avanço da doença, no caso, a adesão ao lockdown se a população não tiver consciência da gravidade do problema.

A informação foi repassada em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 07, pelo procurador de Justiça do Ministério Público, Edson Damas, membro do Gabinete de Crise Covid-19 do MPRR.

Durante a entrevista, o procurador relatou a atuação do MPRR com recomendações para o Estado e as prefeituras dos municípios de aderir ao isolamento social e uso de máscaras em locais públicos, entre outras ações. Porém, para Damas, de nada adianta as orientações das autoridades se a população não tiver consciência.

“Nós precisamos contar de forma muito sensível com o apoio da população. Se a população não tiver essa consciência de só sair de casa com extrema necessidade, se a população não tomar cuidado, nós não teremos outra medida a não ser realmente tomar uma medida mais extrema. Uma medida de autoridade, que é infelizmente o lockdown”, declarou.

O procurador ressalta que o lockdown é uma medida extrema, que é necessário ser adotado quando a população não entendeu o perigo da epidemia, quando o sistema de saúde entrar em colapso e quando se perdeu o controle do número de óbitos e contaminados. Nesta situação, a Polícia Militar teria que sair na rua e abordar as pessoas.

“Se não houver a consciência da população, vai entrar em colapso também o Hospital de Campanha, que tem uma previsão de 1.200 leitos. A população tem que ter a consciência de que tem que fazer a parte dela. Todos nós, a sociedade como um todo, tem que fazer a sua parte”, afirmou.

ATUAÇÃO – Ainda sobre a atuação do MPRR, o procurador afirmou que a instituição não tem tido problema de diálogo e cooperação com o Governo do Estado, Prefeitura de Boa Vista (PMBV) e o Exército Brasileiro. “Temos um excelente relacionamento. Não temos tido problema de acatamento. A única coisa foi o atraso da Área de Proteção e Cuidados (APC). Acredito que nós próximos dias a unidade deverá ser inaugurada”, afirmou. (P.C.)