Cotidiano

Leilão de ovinos da Embrapa é adiado

Como animais não estavam documentados junto à Aderr, por questões sanitárias, alternativa foi remarcar data do evento

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) adiou, por 30 dias, o leilão que estava previsto para acontecer ontem para venda de ovinos de descarte do Campo Experimental Água Boa, situado no Km 28 do trecho sul da BR-174. Segundo nota assinada pelo chefe-geral da Embrapa Roraima, Otoniel Ribeiro Duarte, o motivo foi o problema na documentação dos animais, conforme apontou a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr).
Estavam à venda 68 ovinos utilizados em pesquisas no Campo Experimental Água Boa, divididos em seis lotes com animais das raças Santa Inês e Barriga Negra, além de mestiços. Os valores iniciais seriam de R$ 1.015,00 a R$ 1.247,00, o lote.
O gerente de Defesa Animal da Aderr, Aroldo Trajano, em entrevista à Folha, explicou que a suspensão do leilão ocorreu devido à falta de informação do evento por parte da promotora, perante a Aderr, além da falta de cadastro dos animais. 
Segundo ele, a legislação estadual de Defesa Sanitária define, no artigo 37 do Decreto 5978/2004, que todo evento agropecuário, sejam feiras leilões ou similares, onde ocorra aglomeração de animal, é preciso que tenha uma autorização. “É uma questão sanitária, e a Adeer tem que ser avisada, no mínimo, de dez dias antes da realização do evento”, frisou.
Outro ponto destacado pelo gerente é quanto à falta de cadastramento dos animais junto ao setor da Aderr. “Por ser um rebanho de pesquisas e não havia o cadastro destes animais, então, não poderia ser expedida a Guia de Trânsito Animal para que os compradores os retirassem do local para suas fazendas”, frisou.
A Aderr enviou ofício, ontem pela manhã, informando os motivos da suspensão. “A legislação é clara: quem tem que solicitar autorização é o promotor do evento e eles [Embrapa] não nos procuram. Enviamos ofício chamando a atenção para o cumprimento da norma sanitária e houve uma conversa entre o presidente da Aderr e o chefe-geral da Embrapa para que se adequasse, então, ele achou por bem adiar o leilão”, frisou. (R.R)