Cotidiano

Compras pela internet podem se tornar um grande risco à saúde

Na busca pelo emagrecimento rápido, muitos acabam não se atentando aos efeitos colaterais de produtos sem certificação sanitária

A venda ilegal de produtos de saúde pela internet, como shakes, chás, ervas e pílulas nutricionais, sem nenhum registro de certificação sanitária, acaba atraindo muitos consumidores obcecados pelo emagrecimento de forma rápida e fácil, que não se atentam aos riscos que podem estar correndo.
Segundo o nutricionista Thiago Costa, a compra de suplementos ou alimentos sem prescrição médica traz sérios riscos à saúde dos consumidores. “Querendo ou não, tem que haver uma indicação do produto. Se for suplementar, pode fazer mal, além de ser um dinheiro jogado fora”, disse.
Conforme ele, os efeitos colaterais com o consumo de produtos de saúde comprados pela internet, sem certificação dos órgãos de fiscalização, vão desde simples dores estomacais a sobrecarga nos rins. “Quando um médico passa um suplemento, por exemplo, para quem está em uma dieta que envolve carboidrato, proteínas e lipídios, ele sabe exatamente qual indicar. Agora, a pessoa que, mesmo com essa indicação, compra outro produto, pode ter complicações sérias de saúde”, alertou.
Para evitar riscos maiores, o nutricionista orienta os consumidores a procurarem um profissional qualificado antes de comprar produtos sem indicação na internet. “A principal orientação que se pode dar é que a pessoa procure um profissional adequado e veja qual a dieta e o objetivo que ela quer dar para que o médico passe da maneira correta”, frisou.
Projeto orienta sobre compra consciente de artigos de saúde
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançaram, na sexta-feira passada, um projeto de orientação sobre compra consciente de artigos de saúde e identificação de produtos sem registro.
O Click Saudável busca dar ao internauta informações confiáveis sobre produtos sujeitos à vigilância sanitária, para a tomada de decisões de consumo mais seguras para sua saúde. O projeto conta com uma página na internet para orientar a população na compra de produtos de saúde em sites de comércio eletrônico.
O início da ação foi marcado pela assinatura de Termo de Cooperação com a plataforma MercadoLivre – um dos maiores sites de comércio eletrônico no Brasil – e pelo edital de chamamento para outras empresas de comércio eletrônico aderirem à iniciativa, que será divulgada nos próximos 30 dias.
Entre os assuntos que serão abordados na plataforma estão alimentação, medicamentos, tabaco, produtos químicos, saúde e beleza. O site também realizará enquetes sobre o perfil de comportamento e consumo dos usuários da internet. Com uma linguagem simples e direta, o objetivo é favorecer o contato do cidadão com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e os órgãos de defesa do consumidor. (L.G.C)