Uma carga de duas toneladas de manga indo para Manaus foram impedidas de passar na madrugada deste domingo, 28, no Posto de Vigilância Agropecuária do Jundiá.
A fruta faz parte do grupo de hospedeiro da mosca da carambola e, para ser transportada, precisa de documentos de inspeção como o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO). A ação do Governo do Estado, por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária) e Sefaz (Secretaria da Fazenda), é com objetivo de controlar e combater a praga, além de garantir alimento saudável para o consumo das pessoas.
Segundo informaram os fiscais que efetuaram a abordagem, o transportador levava cerca de duas toneladas de manga sem Certificação Fitossanitária de Origem (CFO). Sem este documento para comprovar a sanidade do produto, os fiscais impediram a carga de passar.
Eles destacaram que no carregamento foram colocados produtos não certificados junto com outros com documentação regular. Esse procedimento, de acordo com a vigilância, pode colocar em risco todo trabalho para o controle da praga, causando inclusive problemas para os produtores onde a praga não existe. Municípios sem ocorrência no Estado de Roraima, no Amazonas e nos outros Estados da Federação podem ser afetados por uma carga ilegal, e isso pode comprometer a economia.
O presidente da Aderr, Gelb Platão, ressaltou o cuidado que o produtor rural e o transportador precisam ter para evitar o transtorno na hora que a carga chega aos Postos de Vigilância. “Quero alertar aqui para que evitem transportar a carga ilegal, pois a fiscalização estará atenta para rechaçar esse tipo de transporte”.
O controle da mosca da carambola no transporte de frutas
Desde 20 de Julho de 2017, com a Instrução Normativa nº 28, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu procedimentos operacionais para as ações de prevenção, contenção, supressão e erradicação da mosca da carambola.
Em Roraima, desde meados de 2010, foram identificados focos da praga, o que colocou restrições para saídas de frutas hospedeiras do Estado para outras Unidades da Federação. Hoje, existem áreas que são previamente monitoradas por profissionais credenciados, os Responsáveis Técnicos (RTs). Eles acompanham essas Unidades de Produção, e a Aderr acompanha esse serviço e controla as partidas e o egresso das cargas no Jundiá.
Parceria ADERR e ADAF
Na saída de Roraima para o Amazonas, a Aderr e a Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas) atuam em conjunto, fiscalizando os produtos relacionados à agropecuária, que passam diariamente pelo Jundiá.
Qualquer produto que não esteja de acordo com a legislação em vigor está passível de retenção, apreensão ou rechaço.
Desde meados de agosto de 2016, as Agências de Roraima (Aderr) e do Amazonas (Adaf), através de um termo de cooperação técnica firmado entre RR e AM, têm somado esforços no sentido de impedir a dispersão de pragas e doenças, que possam causar problemas para os dois Estados.